Inflação na Zona Euro sobe para 2,4% em dezembro. Portugal regista 6.ª taxa mais alta
O índice de preços no consumidor acelerou em dezembro. Portugal registou uma das taxas mais elevadas, com a inflação a superar os 3%.
O último mês de 2024 trouxe um acelerar da taxa de inflação na Zona Euro. O índice de preços no consumidor subiu para 2,4% em dezembro, face aos 2,2% registados em novembro, segundo os dados preliminares divulgados esta manhã pelo gabinete de estatísticas europeu Eurostat.
Portugal registou a sexta taxa de inflação mais alta no conjunto dos países do euro, a par do Chipre e da Eslováquia. A taxa de inflação no país terá acelerado em termos homólogos para 3,1% em dezembro e acima dos 2,7% registados no mês anterior.
A subida do índice de preços é explicada pelo aumento dos serviços, que deverão ter acelerado para 4%, face aos 3,9% registados em novembro. Seguem-se os produtos alimentares, álcool e tabaco, que permaneceram estáveis em 2,7% face ao mês anterior, enquanto os bens industriais não energéticos desaceleraram de 0,6% para 0,5%. Já a energia subiu 0,1%, face a -2,0% em novembro.
Tirando os preços da energia e dos alimentos, a inflação subjacente situou-se em 2,7% pelo terceiro mês consecutivo.
A subida da taxa de inflação ficou em linha com as estimativas dos economistas consultados pela agência Reuters, depois de ter tocado um mínimo nos 1,7% em setembro, à medida que o impacto da quebra dos preços da energia vai perdendo vigor.
A evolução da inflação vai ser acompanhada de perto pelo Banco Central Europeu. A entidade liderada por Christine Lagarde deverá prosseguir a sua política de descida das taxas de juro, reduzindo os juros de 3% para 2% ao longo deste ano. No entanto, estas descidas estarão dependentes da evolução dos preços.
Lagarde reafirmou na semana passada a expectativa de a Zona Euro chegar ao final deste ano com a inflação dentro da meta de 2%, apontando 2025 como o ano em que o Euro Digital terá desenvolvimentos.
“Fizemos progressos significativos em 2024 na redução da inflação e esperamos que 2025 seja o ano em que atingimos a meta, como esperado e planeado na nossa estratégia”, disse Lagarde. “Iremos continuar os nossos esforços para assegurar que a inflação estabiliza de forma sustentável no objetivo de 2% a médio prazo”, disse ainda a presidente do BCE numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).
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