Caixa Geral de Depósitos assegura que não vai fechar balcões em 2025 e 2026
Paulo Macedo garante que não irá encerrar nenhuma agência nos próximos dois anos, mas sublinhou que a prioridade do banco público passa pela inclusão digital: "Ninguém quer que a Caixa fique imóvel".
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) assegurou que não irá fechar agências este ano nem no próximo, “pelo menos”, mas sublinhou que a prioridade passa pela inclusão digital dos seus clientes. Paulo Macedo defendeu que não há deterioração do serviço do banco público e considerou que “só fala de uma redução de serviços quem não sabe quem está a falar”.
“Já se percebeu que não vamos fechar agências, vamos manter o número de agências pelo menos em 2025 e 2026. Mas ninguém quer que a Caixa fique imóvel, que todos os outros bancos se modernizem e a Caixa não”, explicou Paulo Macedo no Parlamento, onde foi ouvido esta terça-feira por causa da transformação de balcões com um novo formato ‘Noma Smart’, a pedido do PCP e do PS.
Nos últimos meses foram várias as críticas de autarquias do interior do país sobre esta decisão por implicar a redução dos serviços bancários à população.
O presidente do banco público, que “não recebe lições de apoio à interioridade de ninguém”, assegurou que “todas as agências têm pessoas permanentes a apoiar os cidadãos, sobretudo quem tem dificuldade no manuseamento dos cartões e tecnologia”. Neste ponto sublinhou que “o maior tema da inclusão é da inclusão digital”. “Não vamos desguarnecer a inclusão física, mas a prioridade é dar meios às pessoas de inclusão digital”, disse ainda o responsável.
Face às críticas de deterioração da qualidade do serviço do banco, o gestor apontou em sentido contrário. “Não há degradação do serviço em bancos líderes, crescemos em crédito e depósitos”, adiantou. Mas “como a Caixa está a correr bem, tem de se abater”, atirou ainda. “É à portuguesa!”, disse.
Paulo Macedo notou que a redução de pessoal aconteceu em todo o setor, mas na Caixa foi “totalmente distinta dos outros bancos”. “Nos outros bancos houve despedimentos coletivos…”, considerou.
“Não houve interferências dos governos”
Paulo Macedo afirmou ainda aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública que nenhum governo fez qualquer interferência na gestão do banco público.
“Nem este governo nem o governo anterior interferiram na gestão no sentido de deem este crédito aqui, contrate esta pessoa aqui. O BCE não admite outra coisa”, disse o líder do banco público.
“O BCE foi extremamente positivo para os bancos portugueses em termos de regras, de governance, de disciplina”, observou Paulo Macedo.
Notícia atualizada às 13h10)
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