Proveitos turísticos cresceram 17% em novembro à boleia dos residentes
No penúltimo mês de 2024, os hotéis e outros alojamentos turísticos geraram proveitos totais de mais de 385 milhões de euros, impulsionados pelo aumento de 22% nas dormidas de residentes.
Os proveitos totais do setor do alojamento turístico em Portugal subiram 16,7% em novembro, para 385,9 milhões de euros, em comparação com o mesmo mês de 2023. Nas receitas relativas ao aposento, verificou-se um crescimento homólogo na mesma proporção (+16,7%), totalizando 285,3 milhões de euros.
No que toca à variação em cadeia, os dados da atividade turística, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram uma aceleração face a outubro, quando os proveitos totais e os de alojamento registaram subidas de 10,9% e 10,7%, respetivamente.
Evolução da taxa homóloga mensal dos proveitos turísticos
O crescimento das receitas do turismo — que “foi transversal aos três segmentos de alojamento” — resulta, sobretudo, do aumento expressivo de 22,2% nas dormidas de residentes, que no penúltimo mês do ano totalizaram 1,65 milhões. As dormidas de estrangeiros, como o gabinete estatístico já havia avançado na estimativa rápida, ficaram-se por um crescimento mais modesto, de apenas 4,6%.
Segundo detalha o INE, todas as regiões do país registaram crescimentos nos proveitos turísticos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos totais e +31,9% nos de aposento) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente), embora a Grande Lisboa e o Norte sejam as que mais contribuem para a globalidade das receitas.
Avaliando os dados desde o início de 2024, tanto os proveitos totais como os de aposento subiram 11% face aos primeiros 11 meses do ano anterior — o que, em termos acumulados, se traduz, na mesma ordem, em 6,4 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões de euros. Trata-se de um crescimento mais acelerado do que o verificado nas dormidas (+4,1%) entre janeiro e novembro.
Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 48,0 euros (+11,3%), com o gabinete estatístico a destacar a Grande Lisboa (95,1 euros) e a Madeira (72,0 euros) como as regiões onde este indicador atingiu os valores mais elevados no penúltimo mês do ano.
O rendimento médio por quarto ocupado (ADR), por sua vez, atingiu os 98,0 euros (+6,8%) em novembro, destacando-se também a Grande Lisboa (138,7 euros) e a Madeira (98,5 euros) com os números mais altos.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h16)
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