Crédito ao consumo sobe para recorde de 7,7 mil milhões até novembro
Novos empréstimos para a compra de automóvel aceleraram quase 14% para mais de três mil milhões de euros entre janeiro e novembro do ano passado, puxando pelo crédito ao consumo em Portugal.
Bancos e financeiras concederam mais de 7,7 mil milhões de euros de empréstimos ao consumo entre janeiro e novembro do ano passado, correspondendo ao valor mais elevado desde pelo menos 2013, quando começa a série estatística do Banco de Portugal.
Trata-se de uma subida de 9,2% em comparação com o mesmo período do ano passado e reflete sobretudo o aumento no crédito para a compra de carro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo supervisor.
Crédito ao consumo em máximos
Fonte: Banco de Portugal
Todas as componentes de crédito ao consumo subiram, mas o crédito automóvel (tanto para a aquisição de novo e usado) foi a que mais aumentou: as novas operações superaram os três mil milhões de euros até novembro, aumentando 13,8% em termos homólogos.
No mesmo período, o crédito pessoal, que representa a maior fatia do crédito ao consumo, aumentou 6% para 3,4 mil milhões de euros. Com a finalidade educação, saúde, energias renováveis o aumento foi de 1,3% para 132 milhões. Já os outros créditos pessoais (sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades) houve uma subida de 6,2% para 3,28 mil milhões de euros.
Quanto aos empréstimos concedidos através dos cartões de crédito, observou-se um crescimento de 7,8% para 1,3 mil milhões de euros.
Aumenta 6% em novembro
Em termos mensais, os dados do Banco de Portugal mostram um aumento de 6% nos novos empréstimos ao consumo, totalizando os 714,7 milhões de euros em novembro.
O crédito pessoal estagnou pouco acima dos 300 milhões de euros no penúltimo mês do ano passado, enquanto o crédito automóvel acelerou 14% para 291 milhões. Já os cartões de crédito registaram um aumento de 3% nas novas operações de crédito, para 127,9 milhões.
Os valores apresentados baseiam-se nos dados reportados para efeitos de supervisão comportamental por todas as instituições financeiras que concedem crédito aos consumidores. Estes valores respeitam apenas a novas operações de crédito, não incluem valores relativos a renegociações de contratos de crédito.
(Notícia atualizada às 11h54)
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