Governo remete decisão sobre Banco de Portugal para reta final do mandato de Centeno. “É extemporâneo”, diz Sarmento
Ministro das Finanças garante que processo de decisão da liderança do Banco de Portugal não foi objeto do Conselho de Ministros e que é ainda é "extemporâneo" falar sobre a matéria.
O Governo considerou esta quinta-feira que é extemporâneo tomar uma decisão sobre a nomeação do governador do Banco de Portugal (BdP), um dia após Mário Centeno ter reafirmado disponibilidade para um segundo mandato à frente da instituição e ter anunciado que não será candidato à Presidência da República.
“O tema nunca foi comentado em Conselho de Ministros, nunca foi objeto de qualquer conversa minha com o primeiro-ministro. Faremos uma reflexão e tomaremos uma decisão quando o mandato se estiver a aproximar do final. Ainda faltam seis meses e é extemporânea qualquer notícia que possa existir sobre essa matéria“, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, no briefing do Conselho de Ministros.
Em entrevista à RTP3, transmitida na quarta-feira, Mário Centeno garantiu que o seu foco é completar o mandato que termina em julho à frente do Banco de Portugal e reiterou a disponibilidade para um segundo mandato, uma decisão que será tomada pelo Governo de Luís Montenegro, com quem mantém uma relação tensa.
“Nunca desempenhei as minhas funções para passar com dez. O foco é esse. A minha expectativa é irrelevante para o tema. Não está nas minhas mãos“, disse. Mário Centeno já tinha sinalizado, em agosto do ano passado, ao Expresso que tinha “vontade de continuar governador” do Banco de Portugal.
O antigo ministro das Finanças de António Costa foi nomeado governador pelo anterior Executivo (PS) em 2020, o que originou críticas da oposição. A formalização de Mário Centeno para a liderança do regulador bancário só aconteceu em junho desse ano, mas desde fevereiro que se falava da possibilidade.
(Notícia atualizada às 14h44)
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