“BCP e Galp têm desempenhos positivos, não vemos razão para sair”, diz ministro angolano
Estado angolano vai vender várias participações nos próximo meses, mas exclui alienar participações nas cotadas portuguesas, diz o ministro das Finanças, João de Lima Massano.
Angola vai manter as participações que detém no BCP BCP 1,57% e na Galp Energia GALP 0,41% , duas cotadas cujos desempenhos positivos as excluem de um programa de alienações que o Estado angolano vai implementar nos próximos meses, afirmou esta quinta-feira João de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica.
A petrolífera estatal Sonangol é a segunda maior acionista do BCP com uma participação de 19,49%. Essa posição é apenas ligeiramente inferior aos 20,03% da chinesa Fosun, que chegou a deter quase 30% do banco liderado por Miguel Maya e que no há precisamente um ano vendeu 5,6% do capital.
A possibilidade da venda da participação da petrolífera no banco português foi no passado levantada várias vezes, por exemplo pelo CEO Sebastião Martins em 2020, mas por enquanto a opção está fora dos planos do Executivo angolano.
“O desempenho desses ativos é positivo”, disse Massano à Bloomberg, no Fórum Económico Mundial que decorre em Davos esta semana. “Não vemos necessidade nem temos qualquer objetivo estratégico nesta altura de abandonar essas entidades.”
Na Galp, a Sonangol tem uma participação indireta através da Amorim Energia, que é a maior acionista da petrolífera portuguesa com 36,69%.
As ações do BCP, que sobem esta quinta-feira 1,45% para 0,5166 euros cada, dispararam 87% nos últimos 12 meses, liderando os ganhos do índice PSI.
Os títulos da Galp, que recuam 1,63% para 16,62 euros, avançaram 17,37% nos últimos 12 meses.
Massano adiantou à Bloomberg que Angola vai vender as participações na Unitel, no Banco de Fomento Angola e a subsidiária local do Standard Bank nos próximos meses, mas adiantou os investidores que querem participar nas privatizações da Sonangol ou da diamantífera Endiama vão ter de aguardar.
“Ainda estamos a trabalhar nisso, o desejo ainda existe. Está presente”, sublinhou Massano. “As empresas precisam de algum trabalho interno que está a ser feito pela administração para que, quando chegarem ao mercado, cumpram o que foi prometido”.
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