Já há três países europeus a falhar as metas de maio para reservas de gás

Países Baixos, Roménia e Croácia já se colocam abaixo dos níveis que eram o seu objetivo para maio.

A Comissão Europeia definiu várias metas intermédias para as reservas de gás natural no bloco, com o objetivo de ter a segurança de, no início do próximo inverno, voltar a tê-las preenchidas em 90%. Agora, em meados de fevereiro, já três países se colocam abaixo dos níveis que eram o seu objetivo para maio, o mês no qual as reservas europeias deverão estar mais baixas, antes de começarem a ser repostas. São eles os Países Baixos, a Roménia e a Croácia.

Os Países Baixos estão seis pontos percentuais abaixo da meta que a Comissão Europeia definiu para este país até maio e quase 15 pontos percentuais abaixo da marca imposta para o início deste mês. A Croácia já está abaixo dos níveis previstos para maio em cerca de meio ponto percentual e, no caso da Roménia, a distância à respetiva meta são três pontos percentuais.

Em maio, as reservas marcarem os 30%, em média, entre os países do bloco, é considerado “suficiente” para se atingirem os 90% em novembro, o grande objetivo. Foi em novembro de 2024 que a Comissão adotou metas intermédias para os dias 1 de fevereiro, 1 de maio, 1 de julho e 1 de setembro deste ano. A regulação na qual estas metas estão inscritas ressalva que existe uma margem: se houver uma derrapagem de até cinco pontos percentuais face ao objetivo, este considera-se completo.

No início de fevereiro, a União Europeia esperava contar, no mínimo, com uma média de 50% de gás nas reservas. “Isto será particularmente importante no caso de o inverno de 2024-2025 ser mais frio do que a média”, lê-se na regulação. Agora, em meados de fevereiro, a UE conta uma média de 47,24% das suas reservas preenchidas.

A 11 de fevereiro, oito dos 18 países da União Europeia que têm reservas estavam já abaixo dos níveis impostos para o primeiro dia deste mês, com a Croácia, os Países Baixos e França a encabeçar essa lista. No entanto, também Roménia, Bulgária, Dinamarca e Áustria já se despediram dos níveis propostos para o início deste mês. Por seu lado, Portugal tem-se mantido firme com reservas cheias a 100%, acima dos objetivos traçados.

A questão do preenchimento das reservas, além de ser importante em termos de segurança energética, ganha uma maior relevância por estes dias dada a escalada dos preços do gás, que é justificada, em parte, pelos níveis atuais das reservas europeias. Os 47% atuais comparam com os 68% que se registavam no mesmo período do ano passado, assinala a empresa especializada em análise do mercado energético Aleasoft Energy Forecasting. O inverno rigoroso, alguma recuperação económica e níveis de produção renovável mais baixos nalgumas zonas do continente, como a Alemanha, têm ditado um consumo mais rápido das reservas do que no período homólogo.

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