Proteção de Dados portuguesa investiga IA da DeepSeek

  • Lusa
  • 19 Fevereiro 2025

"Está a decorrer uma investigação" à empresa chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek, adiantou esta quarta-feira a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) à Lusa.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) está a investigar a atividade da tecnológica chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek, disse esta quarta-feira à Lusa fonte oficial, que adiantou que quando estiver concluída a investigação serão divulgados os resultados.

A Lusa contactou o CNCS no seguimento de vários países terem bloqueado o acesso à DeepSeek. “Está a decorrer uma investigação”, disse fonte oficial, adiantando que quando esta estiver concluída serão comunicadas as conclusões.

“Seja qual for a tecnologia digital, os utilizadores devem ter cuidados no que respeita aos serviços/produtos que usam e/ou subscrevem, nomeadamente procurar saber se os fornecedores são reconhecidos e de confiança no contexto nacional”, disse à Lusa fonte oficial do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), quando questionada sobre o tema, recordando que a entidade disponibiliza um conjunto de instrumentos sobre cibersegurança.

Relativamente à IA generativa, nomeadamente os LLM (Large Language Models, grandes modelos de linguagem), o CNCS sugere boas práticas, como:

  • “evitar partilhar dados sensíveis e/ou pessoais na interação com a ferramenta de IA generativa”,
  • “verificar noutras fontes a veracidade da informação disponibilizada pela ferramenta de IA generativa”,
  • “escolher a ferramenta/tipo de subscrição de IA generativa obedecendo a uma análise de custo-benefício e privilegiando serviços com maior transparência”,
  • e também sugere “não utilizar a IA generativa para fins maliciosos, como a geração de conteúdos enganadores”.

Em pouco mais de uma semana, países da Europa, Ásia, América e Oceânia decidiram bloquear o uso da DeepSeek aos seus funcionários, depois de esta agitar o mercado com um barato modelo de código aberto, devido a suspeitas sobre questões de segurança, nomeadamente em termos de gestão de informação por parte de Pequim.

A Lusa contactou também o Governo e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) sobre este tema.

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