CTT vão entrar “com certeza noutros mercados”

Depois dos negócios ibéricos com a DHL e com a espanhola Cacesa, os CTT admitem entrar, a prazo, noutros mercados, nomeadamente “à volta do Mediterrâneo”.

O CEO dos CTT não tem qualquer dúvida: a empresa vai crescer para outros mercados geográficos, depois dos negócios da Cacesa e da DHL terem reforçado a atividade na Península Ibérica. Mas não será para já.

Em entrevista ao ECO magazine, João Bento explica: “Temos sido capazes de crescer muito, mas o espaço que temos para crescer em Espanha, na Ibéria, nesta operação de Expresso, é enorme. O espaço que o banco tem para crescer é enorme. Temos muito com que nos entreter. Não quero desfocar, nem devo. Nós vamos poder crescer muito, mas mesmo muito ainda na geografia ibérica”.

A Cacesa, cuja compra por parte dos CTT aguarda apenas luz verde das autoridades, garante à empresa portuguesa uma presença em mercados como o francês ou o polaco, no segmento de despacho alfandegário. Daí até ao avanço para entregas de encomendas vai um caminho longo. “O que a Cacesa nos dá é uma oportunidade muito material, porque já estamos presentes nesses mercados. Nós hoje somos convidados por alguns desses grandes clientes globais com presença global para ir para outros mercados. Já hoje. Achamos que é cedo para o fazer, até porque temos uma agenda de crescimento que é enorme”.

Ou seja, o foco é tirar partido dos mercados onde já estão, mas isso vai mudar, mais para a frente. Mas a zona parece estar escolhida: “à volta do Mediterrâneo, certamente. Isto é um negócio de entregar coisas. É preciso haver alguma proximidade”, explica João Bento.

João Bento, CEO dos CTT, em entrevista ao ECO MagazineHugo Amaral/ECO

Questionado sobre as hipóteses hipotéticas em cima da mesa, o CEO dos CTT elabora: “há mercados muito diferentes uns dos outros. Há os mercados de proximidade, o Sul de França, Itália, porque são geograficamente mais próximos. Há mercados como, por exemplo, o Luxemburgo, em que há uma comunidade de portugueses muito grande. Há mercados que, sendo próximos, por serem pouco maduros, estão menos procurados, portanto teriam menos competitividade, como por exemplo o Norte de África. Em Marrocos em particular, que é um país simpático e próximo de nós. E há ainda, se quiser pensar numa quarta hipótese, mercados que são especialmente atrativos para alguns dos nossos principais clientes, que nos vêem como parceiros e que nos desafiam, porque não estão contentes com o que lhe dão nessas geografias”.

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