Líderes europeus (e não só) solidários com Zelensky após tensão com Trump
As mensagens foram publicadas pouco depois de Zelensky abandonar prematuramente a Casa Branca, após uma reunião com Trump que se tornou num confronto verbal sem precedentes.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu trabalhar com o Presidente da Ucrânia para uma “paz justa e duradoura” neste país, após uma discussão pública de Volodymyr Zelensky, em Washington com o anfitrião Donald Trump.
Numa mensagem na rede social X idêntica às publicadas pelos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, Von der Leyen afirmou que Zelensky “nunca está só”, recomendando-lhe que “seja forte, corajoso, destemido”. “Continuaremos a trabalhar consigo para uma paz justa e duradoura”, publicou Von der Leyen. “A vossa dignidade honra a bravura do povo ucraniano”, adiantou.
“Nunca estará sozinho, caro Presidente Zelensky. Continuaremos a trabalhar consigo para uma paz justa e sustentável”, escreveu António Costa na rede social X. “A sua dignidade honra a bravura do povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, seja destemido”, acrescenta o presidente do Conselho Europeu, no rescaldo do encontro tenso na Casa Branca entre Zelensky, Trump e o vice-presidente dos EUA JD Vance.
“A Ucrânia pode sempre contar com Portugal”, pode ler-se num mensagem publicada nas redes sociais de Luís Montenegro, escrita em português e em inglês, e na qual o primeiro-ministro português identifica Volodymyr Zelensky.
As mensagens foram publicadas pouco depois de Zelensky abandonar prematuramente a Casa Branca, após uma reunião com Trump na Sala Oval, perante a comunicação social, que se tornou num confronto verbal sem precedentes. Trump, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de “abandonar” a Ucrânia se este não fizer concessões à Rússia. “Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz”, disse Donald Trump numa mensagem na sua rede social, Truth Social, logo a seguir à sua partida precipitada.
A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para a qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou, nem a conferência de imprensa conjunta que estava prevista no final do encontro.
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Depois desta visita, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que os ucranianos são os primeiros a querer acabar com a guerra, mas recusou conversações de paz com a Rússia sem garantias de segurança contra uma nova ofensiva. “Ninguém quer acabar com a guerra mais do que nós”, sublinhou Zelensky numa entrevista à Fox News na conclusão de uma visita a Washington marcada por um confronto verbal na Casa Branca com o Presidente norte-americano.
Horas depois de Donald Trump ter ameaçado “abandonar” a Ucrânia se esta não assinasse um acordo de cessar-fogo já, Zelensky frisou que Kiev “não quer perder” o apoio de Washington, maior contribuidor para o esforço militar contra o invasor russo desde a invasão em 2022. Ao sair da Casa Branca para um fim de semana na sua residência da Florida, usando o seu típico boné vermelho “Make America Great Again” (“Tornar a América Grande Novamente”) o Presidente americano disse à imprensa que Zelensky tinha “sobrestimado o seu poder negocial” e criticou a alegada oposição deste a um cessar-fogo com a Rússia.
As redes sociais de Volodymyr Zelensky estão repletas de mensagens de apoio. “Obrigado pelo seu apoio”. Nas últimas horas, Zelensky já agradeceu, por exemplo, à Presidente da Eslovénia, Natasa Pirc Musar, que declarou que o que foi visto “na Sala Oval mina os valores e as fundações da diplomacia”.
“Caro Zelensky, a Dinamarca está orgulhosamente ao lado da Ucrânia e do povo ucraniano”, afirmou Mette Frederiksen, a primeira-ministra da Dinamarca. Mas também há mensagens de líderes além da Europa — Justin Trudeau, do Canadá, ou Anthony Albanese, o primeiro-ministro da Austrália — deixaram mensagens públicas de apoio ao Presidente da Ucrânia.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni defendeu que a Itália irá propor aos seus parceiros uma cúpula imediata envolvendo os Estados Unidos, nações europeias e aliados para discutir formas de “lidar com os grandes desafios de hoje, começando pela Ucrânia. Toda divisão do Ocidente nos torna mais fracos e favorece aqueles que gostariam de ver o declínio da nossa civilização”, disse Meloni em uma declaração, após uma reunião entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Justin Trudeau, do Canadá, ou Anthony Albanese, o primeiro-ministro da Austrália — deixaram igualmente mensagens públicas de apoio ao Presidente da Ucrânia.
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