Governo lança parcerias público-privadas em cinco hospitais

O ministro Leitão Amaro afirmou que a decisão de PPP na saúde é "histórica". Governo aprovou ainda investimento de 62 milhões em dois hospitais (Évora e Viseu).

O Governo aprovou esta sexta-feira, em Conselho de Ministros, as parcerias público-privadas (PPP) em cinco hospitais. As unidades hospitalares que irão regressar à gestão privada são as de Braga, Loures, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira e o Garcia de Orta, que sempre esteve sob gestão pública.

Trata-se de uma “decisão histórica muito importante”, afirmou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante o briefing do Conselho de Ministros.

Leitão Amaro detalhou que serão lançados dois processos: a criação de um “mecanismo de comparador preços com setor público, para garantir que as PPP são geridas com poupança para os contribuintes“, e que serão “preparados os cadernos de encargos”, para que possam ser abertos os concursos públicos internacionais.

“As parcerias público-privadas (PPP) na saúde foram e voltarão a ser exemplos de hospitais do Estado que entregam melhores cuidados de saúde a um preço mais baixo para os contribuintes”, afirmou Leitão Amaro.

O ministro da Presidência assegura que não é só com esta medida que o Governo está a “reforçar a capacidade dos hospitais do Estado”, adiantando que o Executivo aprovou nesta mesma reunião dois “investimentos muito importantes em dois hospitais”.

Leitão Amaro detalha que o Executivo aprovou 30 milhões de euros de investimento no novo hospital de Viseu, numa central técnica e num centro de radioterapia. A este montante “acresce um esforço de sete milhões na compra de equipamentos muito importantes para o funcionamento do hospital e para o interior do país”, afirma o ministro da Presidência.

Foi aprovado ainda um reforço de investimento de 32 milhões de euros para o hospital de Évora. “É um reforço indispensável para que esta obra se faça e que nesta região haja cuidados de saúde num hospital que os alentejanos merecem ter”, disse Leitão Amaro, que salientou também um reforço da parceria com o Instituto São João de Deus e as Irmãs Hospitalares, dedicados a cuidados de saúde mental.

Ao tomar esta decisão em plena crise política, depois de anunciada a apresentação de uma moção de confiança – que, ao que tudo indica, será chumbada e levará à queda do Governo já na terça-feira –, o Executivo tenta passar uma mensagem de que continua empenhado em governar e que acredita que a equipa se manterá em funções num processo que será moroso.

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