Duelo Montenegro vs Pedro Nuno Santos em 5 pontos. O que disseram após a queda do Governo
Minutos após a queda do Governo, o primeiro-ministro e líder socialista trocaram acusações e atacaram o oponente. A corrida eleitoral já começou.
O embate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos intensificou-se na terça-feira, durante o debate da moção de confiança, e não abrandou nos minutos após o derrube do Governo. Em declarações aos jornalistas, nos Passos Perdidos, no Parlamento, defenderam a sua posição e atacaram o oponente.
O que disse Montenegro
- “As coisas são o que são. Nós tentámos tudo”
Foram as primeiras palavras do primeiro-ministro aos jornalistas após a queda do Governo. Minutos mais tarde, já numa declaração mais estruturada voltou a defender: “Tentámos tudo, mas mesmo tudo o que estava ao nosso alcance”.
- “O país não percebe porque é que há eleições”
Montenegro considerou que “o país não percebe porque é que há eleições”, mas garantiu que o Governo não pode “estar aqui a qualquer custo e levar o país para um sitio prolongado de debate político”. Neste sentido, defendeu que “quem sai prejudicado é o país”.
- “PS foi intransigente”
O primeiro-ministro apontou o dedo ao PS pela crise política, a quem acusa de se ter mantido “intransigente na sua proposta de ter uma CPI prolongada no tempo, com isso querendo que a degradação política e que o impasse gerado a conta pudesse ser o mais longo possível”.
“Aquilo que o PS propôs foi uma CPI que não se sabia quando ia começar, com um prazo nunca inferior a 90 dias”, apontou, para defender as virtudes da sua contraproposta de limite das conclusões até ao fim de maio. Montenegro acusou o PS e Pedro Nuno Santos de terem um “objetivo escondido” que “não está escrito na CPI”, pelo que, diz, perguntou concretamente “de quais são os esclarecimentos que quer”.
- “Não estou interessado numa discussão de passa culpas”
Luís Montenegro considerou que o debate da moção era “o momento onde todos tinham oportunidade de assumir a sua responsabilidade” e daí só ter apresentado uma contraproposta ao PS na terça-feira. Montenegro garantiu estar apenas “interessado em esclarecer os portugueses”. “Não estou interessado numa discussão de passa culpas”, disse.
- “O PS não quer respostas”
O primeiro-ministro acusou o PS de “não quer respostas”, preferindo sim um “prolongamento do impasse”. “Devo ao país a minha obrigação de antecipar que estar um ano e três meses com um ambiente político degradado tem um efeito sobre a vida das pessoas muito maior do que aquele que decorre com a crise política no espaço de dois meses”, disse.
O que disse Pedro Nuno Santos
- “Lamento muito”
Foi desta forma que o líder socialista começou a sua declaração aos jornalistas sobre o desfecho do debate de terça-feira, após a queda do Governo.
- “O que aconteceu hoje no Parlamento foi uma vergonha, foram jogos”
Pedro Nuno Santos censurou a estratégia utilizada pelo Governo e pelo PSD durante o debate da moção. “O que aconteceu hoje no Parlamento foi uma vergonha, foram jogos, foram truques e isso é inaceitável. A verdade não tem tempo”, atirou.
- “O primeiro-ministro quis usar a moção de confiança para condicionar a Comissão de Inquérito”
Pedro Nuno Santos acusou Montenegro de querer “usar a moção de confiança para condicionar a Comissão de Inquérito”. Assim, argumentou que “o Governo tentou condicionar as regras de uma CPI que não pode estar condicionar. As CPI têm cerca de 120 dias, nós propusemos o prazo de 90 dias mas podendo ser revogáveis… O que aqui aconteceu foi uma vergonha, não foi bonito”, acrescentou.
- Montenegro “não se vai livrar do esclarecimento”
O líder socialista questionou “por que é que o primeiro-ministro não retirou a moção e aceitou a comissão de inquérito do PS?”, considerando que o Executivo pretendeu “criar a ideia de intransigência do PS”. No entanto, atirou: “Os portugueses não são tontos”. “O primeiro-ministro não se vai livrar do esclarecimento”, disse.
- “Precisamos de saber mais e o primeiro-ministro tem de dar estas respostas”
- Pedro Nuno Santos recusou deixar cair a CPI, voltando a defender: “precisamos de saber mais e o primeiro-ministro tem de dar estas respostas”.
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