Mota-Engil vai construir terminal de águas profundas na República Democrática do Congo

Empresa liderada por Carlos Mota Santos formalizou um acordo com a multinacional DP World esta quinta-feira no Dubai. O novo contrato tem um valor de 230 milhões.

A Mota-Engil assinou esta quinta-feira no Dubai um acordo de entendimento com a gigante da logística DP World para a construção de um novo terminal de contentores e carga no Porto de Banana, na República Democrática do Congo. A parceria foi rubricada pelo CEO da construtora portuguesa, Carlos Mota Santos, e o presidente da multinacional do emirado, Sultan Ahmed bin Sulayem.

O contrato, com uma “duração estimada de 24 meses”, tem um “valor de cerca de 230 milhões de euros”, avançou a empresa entretanto ao mercado, através de comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Em causa está um acordo para trabalhos de dragagem que permitirão melhorar a navegação até à nova linha de atracação, num cais que terá um comprimento total de 600 metros para conseguir receber os maiores navios do mundo, dos quais 400 metros serão para movimentação de contentores e 200 metros para carga geral. Ou seja, um porto de águas profundas.

Ademais, será desenvolvida uma área só para a movimentação de contentores, numa primeira fase com capacidade anual para 450 mil TEU (Twenty-foot Equivalent Units ou unidade de espaço ocupada por contentores) – embora esteja previsto expandir – e um acesso rodoviário de ligação à infraestrutura rodoviária existente, como novos edifícios portuários, oficinas e comodidades.

“Depois de termos desenvolvido a construção de um projeto para a DP World no Peru, a parceria que hoje estabelecemos para um novo projeto na República Democrática do Congo, revela o reconhecimento e a confiança que um dos maiores operadores portuários a nível mundial tem na Mota-Engil para a execução de um projeto para o qual temos todas as competências técnicas e a capacidade para a sua execução”, comenta o CEO da Mota-Engil, Carlos Mota Santos.

De facto, não é a primeira vez que a Mota-Engil entra em projetos deste género para a DP World. Em 2021, o contrato foi de 200 milhões de dólares (aproximadamente 184 milhões de euros) para desenho e construção da segunda fase de expansão do Porto de Callao, no Peru.

Integrando trabalhadores locais, será um exemplo de sustentabilidade e promoção do desenvolvimento económico a longo prazo deste país [Congo] que carece de uma infraestrutura moderna como a que nos propomos executar”, acrescenta o CEO da Mota-Engil.

O Banana Port é um projeto transformador que irá remodelar o panorama do comércio e da logística da República Democrática do Congo. Ao estabelecer uma parceria com a Mota-Engil, estamos a assegurar que esta infraestrutura de classe mundial é construída de acordo com os mais altos padrões, promovendo o crescimento económico e criando oportunidades para o povo congolês”, referiu Sultan Ahmed bin Sulayem, chairman e CEO da DP World, sublinhando que o projeto vai transformar o comércio e a economia da RDC – que hoje está em conflito na fronteira com o Ruanda – para as próximas gerações.

(Notícia atualizada às 18h28 com informação enviada ao mercado)

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