Megasa pede urgência nos apoios aos eletrointensivos. “O setor produtivo nacional não pode esperar mais”

"O setor eletrointensivo nacional está estrangulado pelo escalar dos preços da energia", afirma a empresa de siderurgia.

A Megasa-Siderurgia Nacional pede ao atual Governo para acelerar a implementação de medidas de apoio às indústrias eletrointensivas, de forma a evitar reduzir a produção ou perder competitividade. “O setor produtivo nacional não pode esperar mais”, afirma.

O setor eletrointensivo nacional está estrangulado pelo escalar dos preços da energia e necessita da aplicação urgente das medidas já anunciadas pelo Executivo”, escreve a Megasa-Siderurgia Nacional, em comunicado.

A empresa aponta três “questões-chave” a que o atual Governo já havia dado o seu aval e que espera ver executadas. A primeira é o Estatuto Eletrointensivo, do qual espera que o Governo garanta a aprovação formal de Bruxelas “e a sua imediata aplicação”; a segunda é a autorização orçamental para aumentar a compensação dos custos indiretos do dióxido de carbono e, por fim, a eliminação do custo com a tarifa social para consumidores eletrointensivos.

“Esta medida já foi acolhida pelo Governo, mas ainda não foi executada”, queixa-se a empresa. “A situação política atual não pode atrasar a aplicação destas medidas no curto prazo. Um novo executivo já não chegará a tempo de as implementar. (…) Incitamos o atual executivo a avançar de imediato com elas. O setor produtivo nacional não pode esperar mais”, considera Álvaro Alvarez, administrador da empresa, citado no comunicado.

A empresa afirma que estas medidas “são essenciais” para evitar reduzir a produção da Megasa e perder competitividade relativamente ao exterior, já que as concorrentes, em alguns países, já beneficiam do estatuto de eletrointensivas e de medidas de apoio “muito mais ambiciosas do que as existentes em Portugal”.

A Megasa é a maior indústria eletrointensiva em Portugal, com 700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais.

A mesma entidade tem procurado implementar, através de investimento próprio, projetos de autoconsumo, que lhe garantam a redução da sua dependência da rede elétrica nacional e a capacidade para melhor enfrentar os elevados preços da energia, como é o caso da criação de um parque fotovoltaico na fábrica da Maia.

“No entanto, os projetos para a fábrica do Seixal carecem ainda da conclusão do processo junto das respetivas autoridades”, assinala ainda a empresa. A Megasa reafirma que estes são projetos estratégico, de futuro e necessários para a empresa e, consequentemente, para a economia local e nacional.

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