BCP já vale mais do que EDP Renováveis e passa a 4.ª maior cotada em Lisboa

Banco liderado por Miguel Maya acumula uma valorização de 25% este ano, e já vale mais 8,3 mil milhões de euros, tornando-se na quarta maior cotada na bolsa de Lisboa, à frente da EDP Renováveis.

O BCP BCP 0,00% já vale mais do que a EDP Renováveis na bolsa, tendo-se tornado na quarta maior cotada em Lisboa, com o banco liderado por Miguel Maya a apresentar um valor de mercado acima dos 8,34 mil milhões de euros.

Esta terça-feira, as ações do BCP voltaram a disparar à boleia de notas de research positivas do Deutsche Bank e do JPMorgan Chase. Os títulos avançaram 3,8% para 0,5728 euros, liderando os ganhos no PSI. O banco está a cotar em máximos desde março de 2016.

EDP Renováveis EDPR 0,94% caiu 0,94% para 7,905 euros, apresentando-se com uma capitalização de mercado nos 8,31 mil milhões de euros, menos 200 milhões de euros que o BCP.

Esta evolução reflete o sentimento geral dos investidores em relação às diferentes perspetivas que BCP e EDP Renováveis enfrentam atualmente.

A beneficiar de um ambiente de taxas de juro altas, o BCP acumula um ganho de 23% desde o início do ano e tem colecionado notas de research positivas umas atrás das outras. Deutsche Bank e JPMorgan acabaram de subir o preço alvo do título. No caso do banco americano, reviu o price target dos 0,60 euros por ação para os 0,65 euros, apontando para um potencial de valorização de 16% até final do ano.

Cita, entre outros fatores, “as perspetivas de crescimento atrativas” das economias de Portugal e Polónia, o que permitirá ao BCP conquistar mais quota de mercado no setor empresarial perante o alívio das taxas de juro.

Lembra ainda que o banco deverá atingir lucros anuais na ordem dos mil milhões de euros e que pretende distribuir pelos acionistas 75% dos resultados nos próximos anos, tal como anunciou no plano estratégico. Isto “traduz-se numa dividend yield atrativa de cerca de 11%”, explica a analista Sofie Petersens na nota a que o ECO teve acesso.

Em sentido contrário, a EDP Renováveis já perde 21% este ano — — em cima das perdas de 45,8% no ano passado — e transaciona em mínimos de 2019. A eleição de Trump nos EUA em novembro do ano passado colocou 0 título numa rota altamente depressiva, reação que a empresa considera “exagerada”. Recentemente viu a Exane BNP Paribas e Barclays cortarem o preço alvo para menos de 10 euros. Esta terça-feira o Morgan Stanley também reviu em baixa o price target dos 12 para os 10 euros.

Neste momento, a casa-mãe EDP mantém-se como a cotada mais valiosa em Lisboa, com um market cap de perto dos 13 mil milhões. Tem resistido às perdas, somando 0,4% desde o início do ano.

Seguem-se Jerónimo Martins e Galp, com valorizações bolsistas de 12,15 mil milhões de euros e 11,73 mil milhões, respetivamente. A retalhista soma mais de 6% este ano, acompanhando os ganhos de 7% do PSI, enquanto a petrolífera cede terreno.

BCP avança

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

(Notícia atualizada às 17h08 com cotações de fecho)

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