Inflação na Zona Euro mantém-se estável nos 2,2% em abril
Apesar da inflação geral ter mantido em abril os números de março, a inflação subjacente (exclui energia e alimentação) disparou para 2,7%, baralhando as contas do BCE para baixar taxas.
A inflação na Zona Euro manteve-se estável nos 2,2% em abril (a mesma taxa registada em março), contrariando as previsões dos analistas e reforçando a incerteza sobre o ritmo de descida dos preços no bloco europeu.
Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat numa estimativa rápida mostram que a taxa homóloga da taxa geral ficou 0,1 pontos percentuais acima das estimativas do mercado, que apontavam para 2,1%, sinalizando que o caminho para a meta dos 2% do Banco Central Europeu pode ser mais sinuoso do que o antecipado.
Os serviços continuam a ser o principal motor da inflação na área do euro, contribuindo de forma significativa para a variação dos preços em abril, ao apresentarem um crescimento homólogo de 3,9% no último mês.
No entanto, o que mais se destaca dos números do gabinete de estatísticas da União Europeia foi o comportamento da inflação subjacente — que exclui energia e alimentos não transformados –, ao acelerar para os 2,7%, superando tanto o valor do mês anterior (2,4%) como as previsões dos analistas (2,5%).
Este indicador é especialmente seguido pelo BCE, pois reflete de forma mais fiel as pressões inflacionistas de fundo e a persistência dos aumentos de preços.
Portugal volta a destacar-se entre os países com inflação mais controlada. A estimativa rápida do Eurostat, revelada também esta sexta-feira pelo INE, aponta para uma taxa homóloga de 2,1%, ligeiramente abaixo da média da Zona Euro e em linha com o valor registado em março.
Portugal foi inclusive um dos sete Estados-membros a registar uma taxa de inflação em abril abaixo da média da Zona Euro, numa lista em que se destaca França como sendo a economia com a taxa homóloga estimada em abril mais baixa (0,8%) e a Estónia com a taxa mais elevada (4,4%), seguida da Letónia e Países Baixas, com taxa de 4,1%.
Os dados do Eurostat mostram também que Os serviços continuam a ser o principal motor da inflação na área do euro, contribuindo de forma significativa para a variação dos preços em abril, ao apresentarem um crescimento homólogo de 3,9% no último mês, seguido pelos preços dos alimentos, álcool e tabaco (3%). A energia, por seu lado, mantém-se como fator de moderação, com os preços a registarem uma contração homóloga de 3,9%.
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