“Programa da esquerda não pode ser ir para o Governo”, diz Mariana Mortágua

  • Lusa
  • 15:54

A coordenadora nacional do BE salientou que a esquerda "já mostrou no passado que se sabe unir" mas salientou que tal aconteceu "em torno de propostas e programas concretos".

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, afirmou esta terça-feira que não basta à esquerda dizer que quer ir para o Governo, é preciso ter um programa concreto, e rejeitou que a sobrevivência do partido esteja em causa nestas eleições.

O programa da esquerda não pode ser ir para o Governo, porque depois perguntam-nos, ‘ok, e chegando ao Governo vão fazer o quê?’ Não basta chegar ao Governo, é preciso dizer às pessoas o que é que vamos fazer. E é por isso que estamos aqui a falar sobre habitação”, afirmou Mariana Mortágua, à margem de uma iniciativa de campanha para as legislativas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade Nova de Lisboa.

A antiga deputada e dirigente do BE, Ana Drago, apareceu nesta iniciativa, à semelhança do apoio que deu aos bloquistas em atos eleitorais mais recentes, depois de, em 2014, ter abandonado o partido em divergência com a política de alianças e convergências. Em 2015, contudo, o BE daria apoio parlamentar ao Governo do PS.

A líder bloquista foi questionada sobre se o BE poderá ficar para trás no meio dos apelos feitos ao PS pelo porta-voz do Livre Rui Tavares, que tem repetido várias vezes que o seu partido tem a ambição e capacidade de assumir cargos executivos. Mortágua salientou que a esquerda “já mostrou no passado que se sabe unir” mas salientou que tal aconteceu “em torno de propostas e programas concretos”.

Votar no BE, continuou, é “garantir que a habitação vai estar no parlamento e que a habitação estará no centro, seja qual for o entendimento ou acordo”, uma vez que os partidos “estão condenados a entenderem-se”. Contudo, Mariana Mortágua alertou que “fazer da campanha uma discussão de cenários em vez de uma discussão de propostas é errado, desmobiliza”.

“E é por isso que nós queremos falar sobre as propostas”, frisou. Interrogada sobre se nestas eleições legislativas de dia 18 está em causa a sobrevivência do partido, Mariana Mortágua rejeitou. “Acho que não está em causa nem a sobrevivência nem o futuro do Bloco. O Bloco chegou para transformar a política em Portugal e mostra que é capaz de o fazer em todas as campanhas e perante todos os desafios”, respondeu.

Mortágua salientou que o BE “é uma força que mobiliza a esquerda, que quer mobilizar o voto e que nasceu para transformar a política e dizer as coisas importantes, doa a quem doer, mesmo fazendo inimigos poderosos como sabemos que fazemos”.

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