Apritel adverte que Portugal “não pode ficar para trás” no combate à pirataria
País "tem de dar agora um passo em frente para conseguir garantir que nós não estamos a perder para as nossas indústrias criativas, para o desporto, para o audiovisual", indica Mota Soares.
O secretário-geral da Apritel, associação de operadores de comunicações eletrónicas, advertiu esta quinta-feira à Lusa que Portugal “não pode ficar para trás” no combate à pirataria e deve garantir que não se perdem recursos fundamentais para o país.
Pedro Mota Soares falava à margem do III Colóquio Internacional sobre Pirataria de Conteúdos Audiovisuais – Inteligência Artificial e Pirataria Digital, organizado pela Polícia Judiciária (PJ)/FEVIP, com apoio da GEDIPE, que está a decorrer no auditório da PJ na sede em Lisboa.
“Portugal não pode ficar para trás, Portugal, que marcou muitas vezes aqui o ritmo, tem de dar agora um passo em frente para conseguir garantir que nós não estamos a perder para as nossas indústrias criativas, para o desporto, para o audiovisual, para a própria comunicação social, recursos que são fundamentais para o país”, afirmou o responsável.
Mais uma vez, o secretário-geral da Apritel recordou que o país está a perder “muito dinheiro, muita riqueza, face à pirataria”, num montande de 250 milhões de euros que são “tirados à economia portuguesa”.
“Nós tivemos a capacidade de apresentar um conjunto de iniciativas legislativas, de lei, que garantam que a economia digital, o que se passa no digital, não é um faroeste sem lei”, prosseguiu. Tudo o que tem de ser combatido “offline deve ser combatido também online“, insistiu Pedro Mota Soares, referindo que por isso mesmo Portugal “tomou muitas medidas, conseguiu avançar”.
Mas “a verdade é que nos últimos anos parámos”, lamentou, recordando que outros países conseguiram ir mais longe. “Outros países estão a ter neste momento mecanismos em que as autoridades contactam diretamente os consumidores que estão a frequentar sites piratas, em alguns casos podem ter até um conjunto de advertências ao próprio consumidor”, disse.
“Portugal está a ficar para trás. Espanha, Itália, Alemanha, França têm, por exemplo, mecanismos como estes, o Reino Unido tem mecanismos como estes”, a Dinamarca também e “estão a ser eficazes a combater a pirataria”, rematou Pedro Mosa Soares. Este evento é organizado pela PJ, FEVIP – Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais, com o apoio da GEDIPE – Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais, com a colaboração da Mapinet.
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