Grupo hoteleiro português admite alargar estágios para pessoas com síndrome de Down
Depois do sucesso dos primeiros estágios para pessoas com síndrome de Down, grupo Oásis admite alargar oportunidades. "É essencial integrar estes jovens na sociedade", realça fonte oficial.
Depois de ter aberto as portas dos seus hotéis na Ilha do Sal a três estágios para pessoas com síndrome de Down, o grupo hoteleiro português Oásis admite alargar a iniciativa aos seus outros estabelecimentos em Cabo Verde. Fonte oficial defende que “é essencial” integrar estes jovens, até porque “muitas vezes” ficam isolados.
“Este projeto surge de uma parceria do Grupo Oásis com a Associação de Chefs de Cabo Verde e o Colégio Português Letrinhas, na Ilha do Sal, em Cabo verde”, explica o grupo ao ECO, detalhando que o colégio em causa tem cerca de 20% de alunos com necessidades especiais (como síndrome de Down e autismo).
Neste âmbito, desde o início do ano que o Grupo Oásis transformou as cozinhas dos seus hotéis na Ilha do Sal “num espaço de aprendizagem, crescimento e partilha“, tendo estado a acolher, desde então, três alunos para estagiar, na área da restauração. Estes jovens, importa notar, passaram três meses na Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, tendo seguido, depois, para esta experiência mais prática.
“A nível interno, temos trabalhado com as equipas, para adequar a metodologia de ensino, e as equipas receberam muito bem estes alunos. A troca de experiências na equipa tem sido extraordinária e muito saudável”, relata fonte oficial do Oásis, que faz, portanto, um “balanço muito positivo“, desta experiência.
“Este é um projeto-piloto, mas esperamos motivar os outros grupos hoteleiros e entidades ligadas ao turismo a se juntarem a nós“, acrescenta a mesma fonte, que admite, além disso, alargar esta iniciativa a outras ilhas em Cabo Verde.
O Grupo Oásis tem hotéis em mais quatro ilhas, estamos abertos a abrir estágios para pessoas com síndrome de Down também nesses estabelecimentos. “Fará todo o sentido eventualmente fazermos algo mais abrangente. Estamos naturalmente predispostos a isso”, assinala fonte oficial.
“É essencial integrar estes jovens na sociedade, até porque muitas vezes ficam isolados. São jovens muito válidos e com extraordinárias capacidades”, salienta o Oásis, que reconhece, ainda assim, alguns desafios.
O maior deles, indica fonte oficial, será conseguir contratos de trabalho para estes jovens. “É importante que haja estímulos para as empresas quererem também integrar estes trabalhadores, para que o projeto seja sustentável socialmente e financeiramente”, remata o grupo português, que também tem presença no Brasil e Marrocos.
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