Empresa da Blackstone cria sociedade para explorar Casino da Figueira
A concessionária espanhola Cirsa, que pertence à Blackstone, notificou à AdC a criação de uma empresa comum para explorar a concessão do espaço que tem na Figueira da Foz, comprado no ano passado.
A concessionária de casinos espanhola Cirsa, que comprou o Casino da Figueira da Foz no ano passado, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a criação de uma empresa comum com a Casino Portugal (SFP – Sociedade Figueira Praia) para exploração da concessão do Casino Figueira.
A AdC informou esta quarta-feira que recebeu, a 14 de maio de 2025, “uma notificação prévia de uma operação de concentração de empresas” apresentada pela Cirsa – detida pela sociedade de private equity norte-americana Blackstone – e pela SFP.
A operação surge cinco meses após a Cirsa ter concluído a aquisição de uma participação maioritária de 68% da Casino Portugal, um dos principais operadores do mercado português de jogos online e apostas desportivas. O negócio foi anunciado em setembro de 2024 e, logo no mês seguinte, recebeu o OK da Autoridade da Concorrência por não ser suscetível de criar “entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional”.
Até então, a Casino Portugal (SFP Online) era maioritariamente detida por duas sociedades de direito português: a Sociedade Figueira Praia – da Amorim Turismo e operadora do Casino da Figueira – e a Local Gate, liderada por António Maria de Sousa Bandeira Couceiro Laranjo e Jorge Manuel Salazar Coelho Gonçalves.
“Esta aquisição é consistente com a nossa estratégia de M&A [fusões e aquisições], focada no espaço online e posiciona a Cirsa como um player significativo no relevante mercado português de jogos online e apostas desportivas, que está entre os mercados de crescimento mais rápido na Europa. A transação será financiada com dinheiro disponível na Cirsa e o impacto na alavancagem pró-forma do grupo não é significativo”, explicaram os novos donos.
A Cirsa, que tem sede em Barcelona e foi a primeira empresa espanhola a entrar na indústria do jogo e entretenimento, registou 2.150 milhões de euros em receitas operacionais e um lucro operacional (EBITDA) de 699 milhões de euros em 2024, o que representou uma subida homóloga de 8% e 11%, respetivamente.
Quando entrou no casino português, ainda estava em processo de entrada em bolsa de Madrid, mas nos últimos meses o posicionamento perante o mercado de capitais alterou-se. Face à instabilidade e incerteza, o grupo adiou o IPO (Initial Public Offering) que estava previsto para abril. É expectável que aconteça no segundo semestre deste ano com a listagem de aproximadamente mil milhões de euros em ações na bolsa de Madrid.
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