Participada da Mota dispara 21% à espera de mais negociações com credores
Prolongamento do prazo para negociar com credores termina esta quinta-feira, mas empresa poderá voltar a prorrogar processo de proteção contra credores para chegar a um acordo.
A Duro Felguera, a participada espanhola da Mota-Engil, já chegou a disparar perto de 22% em bolsa, com a empresa a aguardar uma possível prorrogação do processo de proteção contra credores, que expira nesta quinta-feira, 12 de junho, para chegar a um acordo com as instituições financeiras e resolver a incerteza em torno de sua situação de falência.
As ações da empresa seguem a disparar no mercado acionista, a reagirem a esta notícia. Os títulos já chegaram a subir um máximo de 21,84% para 23 cêntimos, perante a possibilidade de a companhia pedir uma nova prorrogação do processo, para continuar a negociar com credores.
A empresa asturiana pediu, no passado mês de março, a prorrogação por três meses do processo de proteção contra credores que apresentou no final de dezembro, para continuar a negociar com as entidades financeiras uma reestruturação do grupo, por não ter chegado a acordo com a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI).
O plano de reestruturação da empresa poderia incluir um acordo com o Governo, através da SEPI, para converter em ações os 120 milhões de euros que lhe emprestou em plena pandemia, o que lhe daria a maioria do capital. Contudo, até agora, ainda não houve um entendimento em relação a este plano
De acordo com o Cínco Días, os principais acionistas — as empresas mexicanas Prodi e a Mota-Engil México — e a SEPI, que tem dois assentos no conselho de administração da empresa espanhola, também têm discutido a possibilidade de Duro Felguera pedir diretamente a falência.
A portuguesa Mota-Engil, através da sua participada mexicana, e o grupo mexicano Prodi completaram no final de 2023 a injeção de 90 milhões de euros na Duro Felguera, o primeiro passo para a entrada como novos acionistas da cotada espanhola que, em 2021, recebeu um apoio público temporário no valor de 120 milhões de euros.
Segundo o Cínco Días, a Duro Felguera convocou a assembleia geral ordinária de acionistas, prevista para 27 de junho, 16 dias após a resolução da incerteza em torno de sua situação de falência.
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