Comissão avança novas sanções à Rússia com banca e energia na mira
Bruxelas quer impedir a importação de produtos refinados com base em petróleo russo, impor um teto de 45 dólares sobre este petróleo, banir transações financeiras e restringir exportações.
A Comissão Europeia avançou, esta terça-feira, um novo pacote de sanções — o décimo oitavo — sobre a Rússia, na sequência da guerra com a Ucrânia. Vão ser alvo das recém-anunciadas sanções dois setores: o da banca e o da energia. O objetivo é que exista um cessar-fogo nos próximos 30 dias.
No que diz respeito à energia, a Comissão quer banir todas as transações de gás através dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2. “Nenhum operador europeu vai poder receber, direta ou indiretamente, quaisquer transações no que diz respeito aos gasodutos Nord Stream“, lê-se no comunicado, publicado na página do executivo comunitário.
Em paralelo, a Comissão propõe baixar o teto ao preço do petróleo russo de 60 dólares para 45 dólares por barril, sublinhando que, desde que o teto foi implementado, em 2023, os preços desceram, estando agora a negociar perto do nível definido para o teto. Esta terça-feira, o barril de Brent, que serve de referência na Europa, está a cotar nos 65,17 dólares.
“As exportações de petróleo ainda representam um terço das receitas do Governo russo. Temos de cortar estas fontes de receita”, afirmou von der Leyen, que espera levar esta proposta à mesa da Cimeira do G7 (as sete maiores economias do mundo), que vai ter lugar no Canadá, entre os dias 15 e 17 de junho. “Vamos discutir como atuar em conjunto“, remata. Por fim, o executivo europeu pretende banir a importação de produtos refinados que tenham por base petróleo russo.
No que diz respeito ao setor da banca, a Comissão quer limitar a capacidade de Moscovo de se financiar e fazer transações. Vão ser banidas quaisquer transações financeiras, uma medida que irá afetar um universo mais alargado do que aquele que estava até agora abrangido. A restrição aplica-se a 22 novos bancos russos. Em paralelo, a proibição de transações deverá estender-se a países terceiros que financiem a Rússia, contornando as sanções. O Fundo de Investimento Direto Russo e respetivas subsidiárias, assim como os projetos de investimento, também serão alvo de sanções, não especificadas no comunicado.
Além disto, 2,5 mil milhões de euros em exportações vão ser terminados, “privando a economia russa de produtos industriais e tecnológicos críticos”, sejam eles metais, equipamentos, plásticos ou químicos. Vão também ser restringidas as exportações de bens que possam ser usados para produzir drones mísseis e outro tipo de armamento.
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