Vendas da dona da Zara abaixo das expectativas levam ações a afundar 6%

Inditex revelou um crescimento das receitas de apenas 1,5% no primeiro trimestre do ano, enquanto os lucros subiram menos de 1%, números que desapontaram os investidores.

A Inditex, a dona da Zara, fechou o seu primeiro trimestre fiscal, terminado em abril, com um crescimento das vendas que ficou abaixo das estimativas dos analistas, penalizada pelo impacto que as tarifas começam a ter no consumo. As ações estão a reagir em forte queda, tendo já chegado a tombar mais de 6%.

O grupo de Amancio Ortega, que detém marcas como a Zara, Berska, Massimo Dutti ou Stradivarius, fechou o primeiro trimestre terminado em abril com receitas de 8,27 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de apenas 1,5% face ao trimestre homólogo mas ficou aquém das estimativas de 8,36 mil milhões de euros dos analistas consultados pela Reuters.

Já o resultado líquido do período subiu 0,8% para 1,3 mil milhões de euros, com os números a revelarem os primeiros impactos da política de tarifas norte-americanas no consumo.

O crescimento das receitas num primeiro trimestre é o mais fraco desde 2018 e é preciso recuar a 2014 para encontrar um subida dos lucros inferior a 1%, excluindo os anos da Covid (2020 e 2021), segundo os cálculos do Cínco Días.

Os números estão a gerar uma reação negativa em bolsa. Os títulos da empresa seguem a cair 3,8% para 47,36 euros, mas já chegaram a tocar nos 46,08 euros, uma queda de 6,4% face aos 49,21 euros no fecho de ontem.

Trata-se do pior desempenho desde 12 de março deste ano, quando as ações desceram mais de 7%, precisamente numa reação a números de vendas desapontantes. A empresa divulgou um crescimento de apenas 4% nas primeiras cinco semanas do exercício, justificando a evolução com as condições meteorológicas adversas durante grande parte da primavera nos seus principais mercados, assim como uma quebra da confiança dos investidores, devido às tarifas.

A empresa adiantou, contudo, que o segundo trimestre do ano mostra sinais positivos, com as coleções de primavera e verão a serem “muito bem recebidas” pelos clientes, refere a empresa no comunicado com os resultados do primeiro trimestre.

Entre o início de maio e o dia 9 de junho, as vendas cresceram 6% face ao período homólogo de 2024.

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