CIP aplaude junção da Economia e Coesão num só ministério

  • ECO
  • 9:14

A CIP vai avançar novamente, em sede de Orçamento do Estado, com a proposta de pagamento voluntário pelas empresas de um 15.º salário isento de IRS e admite aceitar os 920 euros de SMN para 2026.

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal está otimista com a junção da Economia e da Coesão num só ministério. Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Armindo Monteiro considera que a solução “junta ferramentas que não existiam” no Governo anterior e, por isso, antevê que “poderá ter uma prestação muito boa para a economia nacional”.

O patrão dos patrões defende a importância de colocar “a economia na centralidade da política, porque o Estado já tem cativa mais de 50% da riqueza produzida no país”. Armindo Monteiro lamenta que “a ambição parece estar afastada do centro do discurso político” e acredita que o país é responsável por não crescer mais, o que “tem consequências a dois níveis”. “Um, porque não conseguimos atingir a média [europeia]. E a segunda é que estamos a aumentar o gap [para os outros países]. Não apenas não nos aproximamos, mas afastamo-nos”, aponta.

Armindo Monteiro afirma também ter sido surpreendido com a venda do Novobanco aos franceses do BPCE. Não era o cenário que estava em cima da mesa, diz, admitindo que para a CIP a melhor solução passaria pelo reforço da banca nacional, nomeadamente através da CGD, e consequentemente do apoio às empresas nacionais. Mas o responsável afirma não estar preocupado, porque o BPCE tem uma presença forte junto das empresas em França e porque considera que é melhor diversificar do que consolidar a presença espanhola.

Além disso, adianta que a CIP vai avançar novamente, em sede de Orçamento do Estado, com a proposta de pagamento voluntário pelas empresas de um 15.º salário isento de IRS e, mesmo com a revisão em baixa do crescimento, admite aceitar os 920 euros de salário mínimo para 2026, se houver um acordo a quatro anos com medidas que permitam fazer crescer a economia. Armindo Monteiro reitera que para a CIP a descida do IRS até é mais importante que o IRC e diz que os empresários estão disponíveis para avançar com sistemas complementares de reforma, juntamente com os trabalhadores, para garantir a sustentabilidade da Segurança Social.

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