Augusto Santos Silva não avança na corrida a Belém e defende candidatura independente
Antigo presidente da Assembleia da República anunciou esta quarta-feira que não é candidato à Presidência da República por considerar que seria divisiva e defende candidatura independente.
Augusto Santos Silva não vai ser candidato à Presidência da República. O antigo presidente da Assembleia da República anunciou esta quarta-feira, após um período de reflexão, que não vai entrar na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa em janeiro do próximo ano, deixando António José Seguro como o único nome socialista na pista.
“Não serei candidato“, afirmou em declarações à RTP. “Cheguei à conclusão que a minha candidatura não seria suficientemente abrangente para ser suficientemente forte e em consequência a melhor candidatura possível é a de uma personalidade independente oriunda da sociedade civil que possa colocar em cima da mesa os temas que temos de discutir na campanha presidencial”.
Santos Silva que afirmou ter recebido “muitos apoios de pessoas muito valiosas” chegou à conclusão que a sua candidatura seria “divisiva”, não reunindo capacidade agregadora suficiente.
“As três candidaturas que já estão no terreno e a quarta que foi anunciada no domingo passado não cumprem as condições necessárias para que um vasto campo social e político possa sentir-se representado nas próximas eleições presidenciais e para que os temas que interessa discutir sejam discutidos”, argumentou o socialista.
Para Santos Silva, uma “candidatura independente” é “a melhor opção” para as próximas eleições presidenciais. Para que avance, não esclarecendo se estará em causa o nome de Sampaio da Nóvoa, considerou ser necessário que abandonasse a equação de possibilidades. “É isso que estou a fazer agora”, disse.
“Abro espaço para a apresentação de uma candidatura forte, agregadora e independente, retirando a minha disponibilidade e espero que nos próximos dias possa surgir uma candidatura essa sim mais forte, mais abrangente do que a minha“, afirmou.
Neste sentido, defendeu que “o PS não está obrigado a apoiar um candidato só porque esse candidato tem o cartão de militante, da mesma forma que o PS não está obrigado a não apoiar ninguém se houver dois candidatos com dois cartões de militante ou um que tenha e outra que não o tenha”.
Depois de António Vitorino o fazer, Santos Silva retira-se assim do campo de possibilidades de candidaturas à esquerda. Oficialmente, estão na corrida a Belém António José Seguro, Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António Filipe.
(Notícia atualizada às 13h47)
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