PS propõe criação de unidade de emergência hospitalar. Vai custar 800 mil euros
Carneiro considera que o Governo "falhou" e por isso avança com uma proposta que visa articular uma resposta entre ministérios da Saúde, Administração Interna, Defesa, direção do SNS e bombeiros.
O PS propõe a criação de uma unidade de emergência hospitalar para responder ao falhanço do Governo nesta área. Numa fase experimental, este organismo irá custar 800 mil euros, e será constituído por elementos dos ministérios da Saúde, Administração Interna e da Defesa, da direção executiva do SNS e da Liga Portuguesa dos Bombeiros, anunciou esta quarta-feira o secretário-geral socialista, José Luís Carneiro, a partir da sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.
“O Governo prometeu há um ano encontrar soluções para a coordenação da emergência hospitalar e um ano depois não foi capaz de resolver, falhou nessa proposta. Às portas dos períodos mais críticos do verão, o Governo mais uma vez não foi capaz de encontrar um plano articulado para responder à emergência hospitalar na pediatria, obstetrícia e ortopedia, são falhas consecutivas”, começou por apontar o líder socialista. Carneiro revelou que voltou a questionar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e verificou que “não havia respostas”.
Por isso, o PS decidiu “preparar uma proposta de criação de unidade de coordenação para emergências hospitalares, que terá caráter permanente, e que ficará a funcionar no Centro de Coordenação de Operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e que irá garantir a coordenação entre as funções do Ministério da Saúde, do Ministério da Administração Interna, do Ministério da Defesa e ainda a devida articulação com a estrutura executiva do SNS e com a Liga Portuguesa dos Bombeiros”, afirmou.
José Luís Carneiro indicou que a nova unidade terá três dimensões, “estratégica, tática e outra mais operacional” e o seu núcleo será constituído por cinco representantes das diferentes estruturas do Estado: Ministério da Saúde, Ministério da Administração Interna, Ministério da Defesa, direção executiva do SNS e Liga Portuguesa dos Bombeiros. Estará em funcionamento de forma permanente, durante 365 dias, “mas mais vocacionada para “os momentos mais críticos do verão e interno e quando houver uma sobrepressão da emergência hospitalar como o caso da obstetrícia e da assistência a grávidas em vários hospitais do país”, detalhou.
Carneiro salientou que este modelo, que permite saber em qualquer momento os meios disponíveis existentes, já foi desenvolvido noutros países da Europa, como “Reino Unido, Espanha e França” e também “funciona nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira”.
Neste sentido, José Luís Carneiro indicou que “será enviada uma proposta ao senhor primeiro-ministro para que possa com o seu Governo mostrar ser capaz de responder a estas circunstâncias”. Para além disso, o PS não deixará de “apresentar, em modelo de resolução, na Assembleia da República esta mesma proposta”. O mesmo é dizer que o grupo parlamentar socialista também dará entrada de uma recomendação no Parlamento, isto é, sem caráter vinculativo, para que o Executivo avance com uma unidade de emergência hospitalar.
Quanto aos custos de criação deste novo organismo, Carneiro referiu que serão “baixos”. Numa fase experimental serão cerca de “800 mil euros”, apontou.
(Notícia atualizada às 15h52)
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