BRANDS' TRABALHO Diversidade das equipas é vantagem competitiva para as empresas

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  • 23 Julho 2025

Num setor exigente como a logística, produtividade e bem-estar não têm de estar em conflito, mas exigem uma liderança ajustada à diversidade. Veja o mais recente episódio do podcast Work Around.

Num mundo cada vez mais globalizado e com equipas multiculturais, o conceito de produtividade está em mutação. No terceiro episódio do podcast Work Around, do ECO com apoio da Gi Group Holding, Tiago Baldaia, business diretor BPO na Gi Group, e Alexandre Lourenço, site operations manager na Americold, refletiram sobre os novos desafios da liderança e da gestão de equipas diversas.

A ideia de que ser produtivo significa trabalhar mais horas é, para Tiago Baldaia, ultrapassada. “Hoje em dia temos que ter outros indicadores que nos permitam entender de que forma potenciamos a produtividade”, defende, referindo-se ao papel da tecnologia, do bem-estar dos colaboradores e da eficiência dos processos.

A ‘hiperprodutividade’ ou urgência constante, tantas vezes confundida com produtividade, pode ser inimiga dos resultados, acreditam os especialistas em gestão de pessoas. “Quando tudo é urgente, perdemos produtividade. Toda a gente tem de estar em todo o lado e, no final, ninguém faz absolutamente nada”, alerta. O segredo, diz, está em ter “planos bem definidos” e em perceber “qual é a urgência do momento”.

"Quando tudo é urgente, perdemos produtividade. Toda a gente tem de estar em todo o lado e, no final, ninguém faz absolutamente nada”

Tiago Baldaia

Business diretor BPO na Gi Group

Na logística, onde os erros se pagam caro, Alexandre Lourenço acredita que a chave está em equipas motivadas e focadas. “Se não conseguimos fazer isso, vai acabar por haver alguma dispersão, que é o que não se pretende”. A liderança tem, por isso, de saber gerir também a diversidade cultural, uma realidade para a generalidade das empresas em Portugal e uma tendência que continuará a crescer pela globalização e escassez de mão-de-obra disponível.

Segundo o responsável, na Americold, a percentagem de trabalhadores estrangeiros “rondará eventualmente os 40%”, mas “em breve o número irá inverter-se”. Esta realidade traz desafios de integração que precisam de ser previstos e geridos, mas também oportunidades para o negócio. “A diversidade é um dos principais elementos agregadores”, considera, acrescentando que, “se tivermos a capacidade de a absorver corretamente, ganhamos com ela”.

Já não funciona pensar que quem vem para Portugal tem de se habituar àquilo que somos”, afirma Tiago Baldaia, que considera “essencial” a mudança de mentalidade nas empresas. Criar condições de integração “passa por entender que a identidade e o comportamento são distintos e isso não tem de ser um problema”, aponta. Da linguagem à alimentação, passando pelo estilo de liderança, tudo exige adaptação para que possamos ser “um país integrador” de quem chega para trabalhar.

"A diversidade é um dos principais elementos agregadores. Se tivermos a capacidade de a absorver corretamente, ganhamos com ela”

Alexandre Lourenço

Site operations manager na Americold

Absorver trabalhadores de várias origens pode ser um desafio para as chefias intermédias, que muitas vezes resistem à mudança. “Muitas das barreiras são criadas por nós, pela média gestão”, explicou o especialista em outsourcing da Gi Group Holding, dando como exemplo situações em que supervisores não falam inglês e não conseguem comunicar com equipas internacionais.

A multiculturalidade, acreditam os convidados deste terceiro episódio, é inevitável e pode mesmo ser uma vantagem competitiva, ainda que exija investimento humano, empatia e ajustamento contínuo. Numa altura em que escasseiam recursos humanos em quase todos os setores, saber integrar para produzir melhor pode ser a resposta mais sensata para as empresas, concluem.

Assista, no vídeo abaixo, ao episódio completo do podcast Work Around, uma parceria do ECO com a Gi Group Holding. Se preferir, ouça a versão podcast no Spotify e na Apple Podcasts.

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