Acordo com EUA anima bolsas europeias: Stoxx 600 atinge máximo de quatro meses
Investidores otimistas com as tarifas de 15% dos EUA sobre as importações da UE. Farmacêuticas são as que mais beneficiam. Lisboa avança com mais cautelas, enquanto euro recua face ao dólar.
As bolsas europeias abriram em alta esta segunda-feira, no rescaldo do acordo comercial entre a União Europeia e os EUA. O índice Stoxx 600 subia quase 1% no arranque da sessão, tendo tocado os 555,04 pontos, um máximo de quatro meses. Mas o otimismo era mais moderado em Lisboa.
No domingo, a União Europeia e os EUA chegaram a um acordo comercial que prevê a aplicação de uma tarifa de 15% sobre os bens europeus exportados para o mercado norte-americano. A taxa é inferior aos 30% que Donald Trump tinha ameaçado impor à Europa se não fosse alcançado um entendimento antes do dia 1 de agosto.
Como Bruxelas já tinha ameaçado retaliar, o acordo evita uma guerra comercial entre as duas economias. Além disso, esta ‘trégua comercial’ — que contempla ainda o compromisso de a UE comprar 750 mil milhões de dólares (638,6 milhões de euros) em energia ao EUA e a investir mais 600 mil milhões de dólares (510,9 milhões de euros) naquele país – contribui para reduzir a incerteza que pairava sobre as empresas.
As farmacêuticas, empresas mais expostas às tensões comerciais entre as duas regiões, estavam a ser beneficiadas na bolsa esta segunda-feira. O índice Stoxx 600 Healthcare, que agrega empresas como Roche, Novartis, AstraZeneca, Novo Nordisk e Sanofi, disparava 1,7%, para máximos de 17 de junho.
O setor farmacêutico era mesmo o setor europeu que mais subia no Stoxx 600 à luz do acordo comercial, na medida em que era um dos principais alvos do Presidente norte-americano, que estava a avaliar a imposição de tarifas específicas sobre este tipo de produtos. Seguia-se a tecnologia, o imobiliário e o setor financeiro na tabela dos setores com melhor desempenho no índice pan-europeu.
Em Lisboa, o português PSI estava a somar 0,38% após o arranque das negociações, cotando nos 7.736,21 pontos, apoiado nos setores da banca e da energia. Enquanto o BCP soma 1,02%, para 69,48 cêntimos por ação, a EDP Renováveis valoriza 0,97%, para 10,43 euros cada título.
EDP Renováveis beneficia de alívio nas tensões comerciais com EUA
Enquanto isso, a praça de Paris subia 1,11%; a de Madrid 0,85%; a de Frankfurt 0,86%; e a de Londres 0,49%. No mercado cambial, o euro estava a perder 0,28% face ao dólar, atingindo 1,171 dólares.
Em simultâneo, no mercado das matérias-primas, o petróleo subia 0,61% em Londres, para 68,87 dólares, enquanto o norte-americano WTI valorizava 0,60%, para 65,55 dólares.
(Notícia atualizada pela última vez às 8h43)
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