Lucro semestral da Sonae escala 41% com vendas recorde de 5,3 mil milhões de euros
“Sólido desempenho operacional dos negócios e valorização do portefólio” impulsionam as contas da dona do Continente, que até junho registou um novo máximo de 5,3 mil milhões no volume de negócios.
O grupo Sonae SON 1,51% lucrou 102 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que significa uma subida de 41% face ao valor obtido em igual período do ano passado, com as contas a serem “impulsionadas pela melhoria do desempenho operacional das empresas do portefólio e por um resultado indireto favorável, principalmente relacionado com a valorização dos centros comerciais da Sierra”.
Na ressaca de um segundo trimestre em que voltou a obter “fortes resultados”, com os negócios do grupo a “continuarem a crescer e a superar os seus mercados”, nas palavras da CEO Cláudia Azevedo, o volume e negócios consolidado ascendeu a 5,3 mil milhões de euros no semestre, um novo máximo histórico, ficando 23% acima da primeira metade de 2024.
Em particular, destaca o conglomerado sediado na Maia no comunicado enviado à CMVM, a subida na faturação beneficiou dos “sólidos resultados” da MC (retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar), da Worten (eletrónica e eletrodomésticos) e da Musti (produtos para animais de estimação); e do contributo das novas empresas do portefólio, incluindo a Druni (beleza e bem-estar) e a Petcity, que se juntaram ao portefólio.
As bases estão solidamente lançadas – com uma execução operacional consistente, uma alocação disciplinada de capital e uma visão clara para as sinergias ao nível do grupo.
Igualmente com a “contribuição robusta” da MC – sobretudo à boleia da rede de supermercados Continente, que viu as vendas crescerem a dois dígitos pelo “aumento significativo de volumes, favorecido pelo efeito de calendário da Páscoa” e, ao nível da rentabilidade, a margem EBITDA subjacente melhorar 0,6 p.p. para 10% no último trimestre –, o EBITDA consolidado aumentou 28% neste período, para 525 milhões de euros.
Puxado pela compra de uma participação de 50% na espanhola Druni, já depois da integração da finlandesa Musti na sequência de uma OPA e da sua nova participada e antiga concorrente nos países bálticos Pet City, o investimento contabilizado pelo grupo nortenho atingiu os 864 milhões de euros nos últimos 12 meses. A 30 de junho, a dívida líquida consolidada quase tocava nos 2.000 milhões de euros, 15% acima do valor um ano antes.
Indicadores-chave financeiros

“Olhando para o futuro, mantemos a confiança na nossa capacidade para consolidar este forte dinamismo. As bases estão solidamente lançadas – com uma execução operacional consistente, uma alocação disciplinada de capital e uma visão clara para as sinergias ao nível do grupo”, escreve Cláudia Azevedo na nota partilhada esta quarta-feira com os investidores.
Poucas semanas após ter concluído o acordo para a venda dos negócios de moda MO e Zippy a um consórcio composto por Francisco Pimentel, atual CEO da MO, e pelo Fundo Mercúrio, da Oxy Capital, a líder da Sonae disse que esta operação com a qual encaixou 20 milhões de euros foi resultado de uma “avaliação contínua e rigorosa da alocação de capital”.
Cláudia Azevedo descreve mesmo a gestão do portefólio como “uma das atividades core” da Sonae, o que “implica monitorizar de perto o papel estratégico de cada negócio, o seu potencial para beneficiar ou contribuir para outras empresas do grupo e, em última análise, determinar se a Sonae tem o enquadramento certo para desbloquear e maximizar valor”.
Na mesma mensagem, a empresária faz também uma alusão à mudança na comissão executiva da Sonae, com João Günther Amaral a assumir o cargo de CEO da Bright Pixel e Eduardo Piedade a integrar a holding como Chief Development Officer, sublinhando que estas alterações estão “em linha com o compromisso de desenvolvimento estratégico de talento e de excelência na liderança”.
“Ambos trarão novas perspetivas para as suas funções, impulsionando a inovação e acrescentando dinamismo às nossas operações”, acrescenta.
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