DBRS não prevê “deterioração significativa” nos lucros dos bancos devido à incerteza
Em reação aos fortes lucros dos bancos nacionais, a agência da rating não vê razão para qualquer "deterioração significativa" nos resultados devido às guerras e tensões comerciais.
Numa reação aos fortes lucros dos bancos portugueses no primeiro semestre, a agência Morningstar DBRS não antecipa qualquer “deterioração significativa” nos resultados por conta das guerras na Ucrânia e Médio Oriente e das tensões no comércio internacional devido à política de tarifas dos EUA.
“Os maiores bancos portugueses continuaram a apresentar resultados fortes na primeira metade do ano e não vemos razões para esperar qualquer deterioração significativa resultante da incerteza económica global”, afirmou o responsável da agência Jason Graham.
“Mesmo com os juros a caírem gradualmente, as taxas continuam estruturalmente em níveis elevados. Esperamos que a redução dos custos de financiamento com depósitos, a elevada procura por crédito de uma economia portuguesa saudável, e a melhoria da eficiência operacional sustentem a rentabilidade na segunda metade do ano”, acrescentou.
Em termos agregados, Caixa, Santander Portugal, BCP, Novobanco, BPI e Banco Montepio registaram lucros de 1,43 mil milhões de euros no segundo trimestre, mais 14% em relação ao trimestre anterior e em linha com o resultado obtido no mesmo período do ano passado.
Para este resultado, indica a Morningstar DBRS, contribuiu uma margem financeira estável (apesar da redução gradual), a reversão de perdas por imparidade e provisões, o aumento das comissões e ainda o controlo dos custos operacionais.
No que toca à “significativa” libertação de provisões e imparidades, a agência refere que tal reflete uma melhoria da qualidade dos ativos. “O crédito malparado nos maiores bancos portugueses continua a cair e compara favoravelmente com os pares do sul da Europa”, sublinha.
Destacando os rácios de capital sólidos, a DBRS lembra que os bancos portugueses que participaram nos testes de stress da Autoridade Bancária Europeia tiveram “fortes desempenhos”.
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