TAP volta a superar os 100 aviões a partir do próximo ano

A TAP vai voltar a ter mais de 100 aviões ao serviço no próximo ano, quando deixará de estar sujeita ao limite de 99 aeronaves imposto pelo Plano de Reestruturação acordado em 2020 com Bruxelas. Até 2028 irá receber mais 22 aviões da Airbus.

O plano de negócios prevê que companhia aérea esteja a operar 101 aviões em 2026, segundo apurou o ECO. Desde 2019, ano em que tinha ao serviço 105 aviões, que a TAP não superava a centena de aeronaves. Aquele número poderá ser revisto caso exista uma recalendarização das entregas acordadas com a Airbus.

O limite à frota imposto pelo Plano de Reestruturação que fez entrar 3,2 mil milhões de euros na TAP é, a par da saturação do aeroporto Humberto Delgado, uma das principais restrições ao crescimento da companhia. Com o fim do plano, em dezembro, esse travão desaparece.

O crescimento da frota a partir do próximo ano é, de resto, um dos pressupostos do Business Plan 2025/2030 da transportadora.

O plano assume um crescimento médio anual da receita de 5,6% nos próximos cinco anos, baseado “na oportunidade de captar movimentos adicionais através da expansão da capacidade em faixas horárias de recuperação, tendo em consideração a capacidade máxima do aeroporto de Lisboa, e também um crescimento da frota a partir de 2026”, lê-se no último relatório e contas.

Nos últimos anos a TAP tem vindo a rejuvenescer a sua frota operacional, ao abrigo do contrato assinado entre a Airbus e a DGN de David Neeleman, em 2015, que prevê a aquisição de 53 aeronaves, com o phase out das mais antigas. Os aviões da família NEO já representam 71% do total.

A companhia aérea já renegociou por várias vezes com o fabricante europeu o calendário de entrega das aeronaves, sobretudo após a pandemia, estendendo-o até 2028. Na lista de pagamentos pré-entrega estão mais 22 aeronaves, dez A320neo, dez A321neo e dois A330neo.

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Em maio, a TAP esperava receber ainda este ano dois A321neo e um A320neo. Para o terceiro e quarto trimestre de 2026 está prevista a entrega de dois A330neo.

O fim do Plano de Reestruturação, cujas metas de lucros têm sido superadas pela TAP, dará maior liberdade ao futuro acionista privado para gerir a dimensão da frota.

O Governo deu o mês passado o pontapé de saída na venda de 49,9% da companhia aérea, incluindo 5% para os trabalhadores, com a aprovação do decreto-lei para a primeira fase de reprivatização da TAP. O diploma foi promulgado pelo Presidente da República a 7 de agosto, sendo esperada para breve a aprovação do caderno de encargos.

O diploma estabelece como requisitos para a participação na operação ser um operador aéreo certificado, ter capacidade financeira e dimensão relevante.