Ex-líder da Bosch quer tornar CTS “referência” nos data centers em Portugal com 2.000 empregos

Um ano depois de ter sido despedido da Bosch por suspeitas de "irregularidades", Carlos Ribas fala pela primeira vez como líder da CTS Portugal, que diz ter um"ambicioso plano de crescimento" no país.

O antigo líder da Bosch está agora à frente da operação portuguesa do CTS Group, um dos maiores grupos europeus no desenho e construção de data centers na Europa. Carlos Ribas diz que quer ajudar a empresa sediada na Suíça a tornar-se uma “referência na indústria dos data centers em Portugal”, contribuindo “para o crescimento sustentável deste setor estratégico para o país”. Com um “ambicioso plano de crescimento” em Portugal, empresa prevê criar mais de 2.000 postos de trabalho no país.

“Criamos valor num setor tecnológico altamente avançado, gerando emprego qualificado, conhecimento, competências e especialização. Contribuímos para o desenvolvimento da economia nacional através dos impostos e contribuições dos nossos colaboradores, das nossas empresas e das nossas empresas parceiras”, referiu Carlos Ribas, o novo CEO da CTS Portugal, nas primeiras declarações públicas no novo cargo.

O gestor, que abandonou a Bosch no ano passado depois de ter sido afastado compulsivamente pela multinacional alemã, que encaminhou o caso para o Ministério Público investigar, realça que a empresa reúne “todos os requisitos para nos tornarmos uma referência na indústria dos data centers em Portugal”. “Estamos empenhados em contribuir para o crescimento sustentável deste setor estratégico para o país”, acrescenta, citado em comunicado.

A empresa de data centers chegou ao país no ano passado e tem vindo a reforçar a aposta no país, tendo contratado o antigo líder da Bosch para prosseguir o seu “ambicioso plano de crescimento” em Portugal. Portugal concentra a maior parte da sua força de trabalho, onde tem 11 empresas, focadas no design, desenvolvimento, construção e manutenção de data centers.

Em comunicado, o grupo nórdico refere que emprega atualmente “centenas de profissionais qualificados” e prevê “ultrapassar os 2.000 colaboradores, em função das perspetivas de crescimento do negócio em Portugal, nomeadamente na zona industrial e logística de Sines”.

“O panorama da construção de data centers está a sofrer uma rápida transformação, impulsionada pelas cargas de trabalho de Inteligência Artificial e pelas suas exigências energéticas sem precedentes. Esta mudança de paradigma está a reformular a forma como os data centers são concebidos, construídos e operados”, refere Sean Anthony Timmons PE, SVP Global Business Development and Sales do Grupo CTS.

O mesmo responsável nota que, “com o advento da IA, os data centers estão a transformar-se rapidamente em centros de computação, infraestruturas críticas para os setores da saúde, banca, Governo e negócios, proporcionando maiores garantias num mundo digital em rápida evolução”.

Aponta ainda que Portugal destaca-se como um hub geoestratégico devido ao elevado número de cabos submarinos de fibra ótica que ligam diretamente o país aos principais mercados internacionais, à abundância de energia renovável disponível e ao Oceano Atlântico como recurso natural e ecológico vital para a eficiência energética dos servidores.

“Esta rara conjugação de fatores posiciona Portugal como um dos destinos mais atrativos da Europa para a instalação de data centers“, destaca o mesmo comunicado.

Com empresas em Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo, Barcelos, Sines, Braga, Porto, Leiria, Lisboa e Elvas, a CTS Portugal colabora ainda com centros de investigação tecnológica e universidades de referência.

“Estas iniciativas refletem o compromisso da CTS Portugal em desenvolver continuamente competências, fomentar o emprego e promover a inovação em Portugal. Investir em educação e conhecimento significa investir nas pessoas e no futuro do país, construindo uma sociedade assente em valores, princípios e conformidade, e impulsionando um crescimento sustentável e mais justo”, concluiu Carlos Ribas, CEO da CTS Portugal.

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