BPI vende participação de 14,75% no angolano BFA por 103 milhões
BPI reduz a participação no BFA para 33,35% e encaixa cerca de 103 milhões de euros com a operação.
O BPI anunciou esta segunda-feira que vendeu uma participação de 14,75% no Banco de Fomento de Angola (BFA), na sequência da Oferta Pública de Venda do banco angolano, por cerca de 103 milhões de euros ao “câmbio atual”. Com esta operação, o BPI passa a deter 33,35% do capital social do BFA, de acordo com o comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O banco “destaca o sucesso da operação, que registou uma procura 5 vezes superior à oferta”, indica na nota enviada ao mercado, antes de acrescentar que “celebra a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais em Angola”. A admissão das ações, agora alienadas, na bolsa angolana está prevista para esta terça-feira, 30 de setembro.
O BPI tinha uma participação de 48,1% meramente financeira no BFA, ou seja, não nomeava nenhum gestor para o conselho de administração e não exercia qualquer poder sobre a gestão do banco. O BPI chegou a ter mais de 50%, mas foi pressionado pelo Banco Central Europeu para reduzir a sua exposição no BFA.
O CEO do BPI disse, recentemente, que esperava que a venda destes 14,75% tranquilizasse as autoridades em Frankfurt em relação ao BFA, um negócio que tem sido muito lucrativo para o banco português. João Pedro Oliveira e Costa admitiu, ainda assim, que pode voltar a reduzir ainda mais, depois deste IPO.
O período de subscrição terminou na última quinta-feira, com o Estado angolano – através da operadora Unitel – e o BPI a vender quase 30% do capital do BFA no que pode ser o maior IPO de sempre realizado na bolsa de Luanda.
Em 2022, o BAI, o maior banco em Angola, levantou cerca de 37,5 milhões de euros na venda de 10% do seu capital – avaliando o banco em cerca de 375 milhões. Para os próximos anos estão previstas mais privatizações, incluindo a própria Unitel, a Endiama (diamantes) e a Sonangol (petróleo).
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