CEO do Goldman Sachs afasta “crise sistémica” no mercado de crédito

  • ECO
  • 28 Outubro 2025

CEO do Goldman Sachs não vê sinais de um abrandamento da economia dos EUA no curto prazo e antecipa aceleração da atividade de fusões e aquisições.

Desde que em setembro faliram o First Brands Group, fabricante de peças automóveis, e a Tricolor Holdings, uma financeira especializada em crédito automóvel subprime, que os mercados de crédito têm estado mais voláteis e aumentou o receio sobre a saúde dos bancos regionais nos EUA. O CEO do banco de investimento Goldman Sachs afirma, no entanto, que não há motivo para alarme.

“Não vejo nada, no contexto de um punhado de situações de mau crédito, que me leve a dizer que temos um problema sistémico ao virar da esquina”, disse David Solomon em entrevista à Bloomberg TV, à margem da Future Investment Initiative, em Riade. Acrescentou ainda que não vê evidências de um abrandamento da economia dos EUA no curto prazo.

O CEO do Goldman Sachs notou ainda na Future Investment Initiative que a atividade de fusões e aquisições e dispersão de capital em bolsa (IPO) tem vindo a acelerar e vai continuar a acelerar. “Estamos a ver uma retoma incrível da atividade e acho que isso vai prosseguir em 2026 e 2027, a menos que exista algo que trave isso”, disse.

Larry Fink, CEO da BlackRock, que participa no mesmo evento, também mostrou otimismo em relação à economia dos EUA. “Vimos o dinheiro a sair do dólar para a Europa e outros lugares. Mas esse movimento aconteceu num contexto de enorme sobre-exposição aos ativos em dólares. Nos últimos dois meses vimos o dinheiro a voltar para os EUA. Há ainda uma crença profunda na oportunidade nos EUA”, referiu.

O responsável pela maior gestora de ativos do mundo salientou que mais de 40% do crescimento do PIB norte-americano no segundo trimestre veio do investimento em tecnologia. “Não se vê isso noutros países do mundo. Esse investimento, seja em centros de dados ou energia, está a acontecer mais nos EUA do que em muitos outros lugares do mundo”

“Não se vê muito na Europa e isso é uma das razões para o enorme fosse entre o PIB dos EUA e o PIB da Europa”, afirmou ainda, defendendo que os investidores devem manter uma sobre-exposição aos EUA pelo menos nos próximos 18 meses.

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