Resultados “sólidos” levam ações da Sonae para máximos de quase 18 anos
Títulos da empresa da Maia já chegaram a escalar mais de 6% durante a manhã, a reagirem ao conjunto de resultados "sólidos", que superou as estimativas dos analistas, com o retalho a liderar.
Analistas e investidores estão a reagir positivamente ao conjunto de resultados “sólido” apresentado pela Sonae SON 1,64% , levando as ações a dispararem para máximos de quase 18 anos. A dona do Continente anunciou esta quarta-feira que fechou os primeiros nove meses do ano com lucros de 200 milhões de euros e receitas acima dos oito mil milhões de euros, números que ficaram acima das estimativas dos analistas e destacam o “desempenho notável” do negócio de retalho alimentar.
As ações da Sonae seguem a valorizar 2,63% para 1,484 euros, tendo já chegado a escalar 6% durante a manhã para negociar nos 1,534 euros, um máximo de janeiro de 2008. Desde o início do ano, os títulos da empresa liderada por Cláudia Azevedo disparam mais de 62%
Sonae escala até máximos de quase 18 anos

Esta escalada da empresa em bolsa segue-se à divulgação de mais um conjunto de resultados sólido, que agradou aos analistas. “A Sonae apresentou uma performance sólida em todos os segmentos de negócio, demonstrando a sua capacidade para crescer enquanto holding de empresas líderes“, comenta a analista do CaixaBI, Rita Machado Belo, num comentário aos resultados do terceiro trimestre, a que o ECO teve acesso.
Na mesma nota, a analista destaca que, apesar do contexto difícil no mercado de retalho alimentar, a Sonae conseguiu alcançar “um desempenho notável, refletindo a resiliência e a eficácia da sua estratégia de negócio“.
A Sonae fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 200 milhões de euros, o que representa um aumento de 38%, e o volume de negócios consolidado cresceu 17%, para 8,2 mil milhões de euros, “com expansão orgânica, reforço de posições de liderança, exploração de sinergias e gestão ativa do portefólio”, segundo a apresentação de resultados partilhada pela companhia esta quarta-feira após o fecho do mercado.
O EBITDA aumentou 22%, para 861 milhões de euros, também a refletir o desempenho dos negócios consolidados, com destaque para a MC, que concluiu, no ano passado, a combinação da Druni e da Arenal.
No segmento alimentar da MC, “a marca Continente manteve ganhos de quota de mercado e reforçou “a sua posição como líder do retalho alimentar em Portugal”, disse a empresa em comunicado. As vendas numa base comparável cresceram 9% no terceiro trimestre de 2025, “refletindo sobretudo um sólido crescimento de volumes, o que impulsionou as vendas em 10% face ao período homólogo, para 1,9 mil milhões de euros”, detalha o mesmo documento.
“O crescimento das vendas em base comparável (LfL) no segmento de retalho alimentar foi de 9% e a margem EBITDA atingiu 11,2% (um aumento de 1,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior)”, o que significa que “a diferença de crescimento LfL em relação ao Pingo Doce (negócio de retalho alimentar da Jerónimo Martins em Portugal) continua a aumentar: ampliou-se para 4,6 pontos percentuais no 3.º trimestre, em comparação com 4 pontos percentuais no 2.º trimestre e 3,9 no 1.º trimestre”, referem os analistas do JB Capital numa nota consultada pelo ECO.
“A Sonae MC apresentou um sólido conjunto de resultados com uma forte evolução de margem no trimestre. Os resultados superaram as expectativas do mercado”, acrescentam os analistas do CaixaBank/BPI
O JB Capital destaca ainda que, “a nível consolidado, as receitas e o EBITDA subjacente ficaram, respetivamente, 1% e 6% acima das previsões de consenso”.
“Em suma, o lucro líquido [no 3.º trimestre] foi de 98 milhões de euros (+31% em termos homólogos), 12% acima das expectativas de consenso, que apontava para 87 milhões de euros. Acreditamos que este conjunto de resultados deverá provocar uma reação positiva do mercado, dado que o dinamismo no segmento de mercearia se mantém forte”, remata o JB Capital, na mesma nota.
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