Greve na função pública com adesão global de cerca de 60%
Maior expressão de adesão à greve da Função Pública desta sexta-feira foi nas escolas e agrupamentos escolares, adiantou sindicato.
A greve desta sexta-feira na função pública teve uma adesão global de cerca de 60%, com maior incidência nas escolas, seguida da área de recolha de resíduos, segundo dados finais da federação sindical que marcou a paralisação.
O vice-secretário-geral da Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap), Hélder Sá, disse à agência Lusa que a maior expressão de adesão à greve foi nas escolas e agrupamentos escolares.
O dirigente sindical lamentou que muitos diretores de escolas tenham “furado” a greve, ao decidirem abrir as escolas mesmo sem o pessoal necessário ao funcionamento e que já é reduzido para o dia-a-dia.
Hélder Sá deu exemplos de escolas em que os diretores mandaram abrir mesmo sem funcionários de apoio, com bares fechados, falta de limpeza ou até mesmo sem controlo de entradas e saídas.
“Esperamos que isto não tenha produzido problemas com nenhum aluno”, vincou.
Outro dos setores que teve forte adesão, segundo o sindicalista, foi o da recolha de resíduos, ao contrário da chamada administração pública central (como segurança social, finanças, registos e notariado, entre outros) onde a percentagem foi de 20%.
A greve, que esteve sujeita a serviços mínimos, abrange trabalhadores de todas as carreiras da administração pública, gerais e especiais e está a afetar todos os setores, incluindo hospitais, escolas e instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
Os trabalhadores da administração pública protestam contra o pacote laboral apresentado pelo Governo.
A retirada imediata da proposta de reforma laboral, uma reunião urgente com o Governo sobre a reforma “Trabalho XXI”, o fim da discriminação sindical praticada pelo executivo e participação efetiva da Fesinap nas negociações laborais são as reivindicações que deram origem à greve de 24 horas.
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