Ministra diz que reunião entre UGT e Montenegro sobre greve é natural
Para a ministra, a audiência pedida pela UGT a Luís Montenegro, no âmbito das negociações sobre a reforma laboral, é "uma reunião perfeitamente natural".
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, considerou hoje que reunião da próxima quarta-feira entre o primeiro-ministro e a UGT é “um encontro natural”, assegurando que o Governo “atua articuladamente”.
“O Governo atua articuladamente e, portanto, em qualquer momento pode haver uma reunião com o senhor primeiro-ministro ou, às vezes, até com outros ministros“, afirmou a governante em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração da Residência Branco Rodrigues, um lar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Para a ministra, a audiência pedida pela UGT a Luís Montenegro, no âmbito das negociações sobre a reforma laboral, é “uma reunião perfeitamente natural no âmbito de um processo negocial que está a correr, embora neste momento sob a ameaça de uma greve geral”. Uma greve cuja “importância”, enfatizou, não se “deve negar”.
Sublinhando que o encontro “terá lugar juntamente com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social“, Maria do Rosário Palma Ramalho frisou que o anteprojeto de reforma da legislação laboral “é uma proposta do Governo”, no âmbito da qual o primeiro-ministro “intervém sempre que quiser”. “Portanto, os argumentos que nós temos são também argumentos do Governo”, sublinhou.
O jornal Expresso avançou na quinta-feira à noite que Luís Montenegro vai receber a UGT na próxima quarta-feira, num “sinal de trégua antes da próxima reunião da Concertação Social e apesar de as negociações bilaterais não terem permitido qualquer aproximação” entre o Governo e a central sindical.
De acordo com o jornal, que cita fonte próxima do primeiro-ministro, o pedido de audiência terá chegado ao gabinete de Montenegro em 07 de novembro, ao mesmo tempo que era anunciada a greve geral de 11 de dezembro, sendo objetivo do Governo “procurar um acordo, ainda que depois da paralisação”, deixando à central sindical um sinal de que passa “as conversações para um patamar acima”.
A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral apresentado pelo Governo.
Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da ‘troika’.
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