Ucrânia. Montenegro elogia participação dos EUA e diz que há “ainda muito trabalho pela frente”

  • Lusa
  • 18:57

"A Rússia tem agora de demonstrar que está também disposta a acabar com esta guerra. Há ainda muito trabalho pela frente", escreveu o chefe do Governo português nas redes sociais.

O primeiro-ministro português, considerou esta terça-feira “muito relevante” a participação dos Estados Unidos no processo com vista à paz na Ucrânia, defendendo que as negociações devem prosseguir com “envolvimento de todos” e que “há ainda muito trabalho pela frente”. Luís Montenegro participou, por videoconferência, na reunião da chamada “coligação da boa vontade” que reúne vários países aliados da Ucrânia.

Numa publicação na rede social X, o primeiro-ministro disse que Portugal reafirmou nessa reunião o pleno apoio à Ucrânia e a sua determinação “em contribuir para uma paz justa, estável e duradoura”.

A participação dos EUA foi muito relevante. As negociações em curso devem prosseguir, com o envolvimento de todos, incluindo a Europa. A Rússia tem agora de demonstrar que está também disposta a acabar com esta guerra. Há ainda muito trabalho pela frente”, escreveu o chefe do Governo português.

Esta reunião aconteceu num dia em que os meios de comunicação norte-americanos noticiaram que o lado ucraniano alegadamente aceitou um acordo de paz para o conflito. “Os ucranianos concordaram com o acordo de paz” e existem somente “alguns pequenos pormenores a resolver”, afirmou um responsável norte-americano citado, sem ser identificado, pela estação CBS.

Uma delegação norte-americana liderada pelo secretário do Exército, Dan Driscoll, está em Abu Dhabi a negociar com uma delegação russa o acordo de paz para a Ucrânia. O encontro de Abu Dhabi surgiu após um fim de semana de negociações em Genebra sobre o plano de 28 pontos do Presidente norte-americano, Donald Trump, entre ucranianos, norte-americanos e europeus.

Donald Trump tinha dado na semana passada um prazo até quinta-feira (dia 27 de novembro) ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para responder ao seu plano de paz de 28 pontos, o que levou à realização de contactos urgentes entre as principais lideranças europeias, de Kiev e Washington.

O plano de 28 pontos foi posteriormente reduzido e Trump pareceu satisfeito com o resultado das negociações com europeus e ucranianos, declarando na sua rede social Truth Social que “algo de bom pode acontecer”. Kiev espera agora “organizar a visita de Zelensky aos Estados Unidos o mais rapidamente possível, em novembro, para finalizar os restantes passos e chegar a um acordo com o Presidente Trump”, segundo o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Rustem Umerov.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, comentou hoje por sua vez que Moscovo aguardava que os Estados Unidos apresentassem a nova versão da sua proposta. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia. A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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