Mercado português de e-commerce cresce 6,7% em 2025 e já vale 12,9 mil milhões

Relatório dos CTT mostra que o ano passado 5,27 milhões de portugueses fizeram compras online, número que deverá subir para 5,5 milhões. Vestuário e calçado lideram.

Os portugueses deverão gastar este ano 12,9 mil milhões de euros a adquirir produtos e serviços pela internet, o que representa um crescimento de 6,7% face a 2024, revela a 10.ª edição do CTT E-Commerce Report, que traça um retrato detalhado da evolução do comércio eletrónico em Portugal e Espanha.

Em Portugal, registou-se em 2024 um crescimento de 2,1% face ao ano anterior, o que eleva para cerca de 5,27 milhões o número de pessoas que compraram pela internet. Para este ano de 2025, e numa altura em que arranca a peak season, os CTT estimam que o número de portugueses adultos que façam compras online aumente para 5,5 milhões de pessoas.

O número de compras anuais deverá aumentar este ano para 23,6, com o valor médio de cada compra a fixar-se em 55,9 euros e o gasto médio online em compras a chegar aos 1.319 euros.

Segundo o estudo divulgado pela empresa postal, houve aumentos na generalidade das categorias de produtos, mas o vestuário e calçado continuou a liderar, com a categoria onde se fazem mais compras (75%), seguido dos equipamentos informáticos (53%).

Praticamente todas as categorias tiveram um acréscimo nas compras online, com destaque para os “Utensílios para o Lar”, com um crescimento de 5,8 pontos percentuais comparativamente a 2023.

As compras em segundo mão online continuam a ganhar adeptos entre os portugueses (44%), com a Vinted a ser a plataforma preferida. Gastar menos dinheiro, adquirir produtos de melhor qualidade e a preocupação com a sustentabilidade são os principais motivos.

Os portugueses optam por adquirir produtos pela internet pela facilidade de compra (69%), preços mais baixos (59,8%) e promoções (56,2%).

Qual o perfil do comprador?

O estudo feito traça ainda o perfil do português médio que compra através da internet. Maioritariamente são homens, ainda que a percentagem seja bastante equilibrada (53,2%, contra os 46,8% das mulheres). Quanto à idade, têm, principalmente, entre 25 e 54 anos e moram, sobretudo, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

O estudo mostra que as soluções de entrega mais rápidas e flexíveis são valorizadas sobretudo entre os mais jovens com 10,5% da Geração Z a preferir entregas no próprio dia e 13,6% a valorizar entregas em apenas duas horas.

Apesar de a entrega ao domicílio continuar a ser a escolha dominante (68,4%), prevê-se uma redução gradual, acompanhada pelo aumento da utilização de lockers e de pontos de entrega alternativos. A entrega mantém-se um elemento central da experiência de compra, destacando-se a importância da liberdade de escolha, da rapidez e do acesso ao tracking.

Quanto ao pagamento, metade dos portugueses prefere pagar por MB Way (49,8%), seguido do Paypal (46,4%) e referência Multibanco (30,6%).

Apesar das compras online estarem a ganhar cada vez mais terreno, muitos utilizadores continuam a desistir da compra antes de a finalizar, com o preço mais caro que o previsto (66,3%) a ser a principal razão. Problemas técnico com o site (22,4%) ou insatisfação com o prazo de entrega (19,6%) são outros dos motivos apresentados.

O relatório, que tem por base os resultados de um estudo, promovido pelos CTT, em Portugal e Espanha entre maio e junho, mostra ainda que este ano, as compras online de bens e serviços na Península Ibérica devem crescer quase 14% e ultrapassar os 125 mil milhões de euros.

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