Puma no radar do grupo chinês que detém a Fila. Ações disparam 14%

Anta Sports está entre as empresas interessadas em comprar a marca alemã de desporto. Clã Pinault, donos de marcas de luxo e acionistas da Puma, podem ser obstáculo ao negócio, segundo a Bloomberg.

A Puma pode vir a fazer parte do mesmo grupo da Fila num casamento milionário de roupa desportiva. O grupo chinês Anta Sports, que detém a Fila, está entre as empresas que estão a explorar uma possível aquisição da empresa alemã Puma, noticia a Bloomberg.

A Anta Sports, cotada na bolsa de Hong Kong, tem estado a trabalhar com um assessor para avaliar uma oferta pela Puma e está disponível para associar-se a uma sociedade deprivate equity para fazer uma proposta avançar com uma oferta, embora ainda sejam deliberações preliminares, segundo a agência financeira.

As ações da Puma, que só este ano caíram 62% na bolsa de Frankfurt, estão a valorizar significativamente esta quinta-feira. Os títulos da cotada germânica, cuja capitalização de mercado está nos 2,8 mil milhões de euros, disparavam 14,11% para 19,41 euros por volta das 12h35 (hora de Lisboa).

Na potencial corrida a ficar com a Puma estão outras empresas, nomeadamente a concorrente de vestuário desportivo Li Ning, que tem estado a discutir opções de financiamento com a banca para se apresentarem à mesa de negociações com a família francesa Pinault, proprietária da Puma. Um frente-a-frente que, dado o histórico dos acionistas, deverá ser longo e com altos e baixos que vão requerer… Uns bons ténis (ou sapatilhas).

O clã Pinault é um dos mais ricos de França pelos negócios que tem através da holding Artémis — onde se insere a participada Puma (na qual têm 29%), bem como a Christie’s e a Ponant — e também pelo grupo de luxo Kering (das marcas Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga ou Alexander McQueen). Fontes da Bloomberg indicam que os bilionários poderão significar um “grande obstáculo” a qualquer transação.

Desde o início deste ano que o retalho de moda, sobretudo de luxo, tem optado por estratégias de M&A para crescer. Logo em fevereiro, a Tendam, dona das insígnias Cortefiel ou Pedro del Hierro, vendeu 67,91% do capital ao Multiply Group (da família real de Abu Dhabi). Dois meses depois, foi a marca italiana Prada a chegar a acordo para adquirir 100% da Versace, por 1,25 mil milhões de euros.

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