Bilhetes de bordo e Andante ocasional ficam mais caros em 2026, mas passes mantêm preço

  • Lusa
  • 13:22

Autarcas da Área Metropolitana do Porto aprovaram por unanimidade proposta de atualização tarifária para os transportes públicos. Repercussão nos preços dos bilhetes ocasionais definida em dezembro.

Os bilhetes de bordo e os títulos ocasionais do Andante, dos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto (AMP), vão sofrer um aumento em 2026, mas os preços dos passes mensais irão manter-se, revelou o presidente, Pedro Duarte.

“Temos uma atualização da tarifa, que é automática e tem um pouco a ver com o aumento do custo de vida, com o aumento da inflação, e que é deliberada, digamos assim, em termos nacionais”, disse aos jornalistas o presidente da AMP e da Câmara do Porto, Pedro Duarte, após a primeira reunião ordinária do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) a que presidiu.

Em causa esteve uma proposta, aprovada por unanimidade pelos autarcas presentes, para a “atualização tarifária regular para o transporte público coletivo de passageiros (TAT), a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2026, na AMP”, que foi fixada em 2,28% pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

A forma concreta como a sua aplicação se repercutirá nos preços dos bilhetes ocasionais Andante será definida em dezembro, mas na reunião do CmP, a primeira-secretária da comissão executiva da AMP, Ariana Pinho, apontou que, se houver uma aplicação direta da TAT, um título Z2 poderá passar de 1,40 euros para 1,43 e “arredondará para 1,45” euros.

No ano passado, não houve aumentos nos títulos ocasionais ou bilhetes de bordo, tendo os passes também mantido o preço.

Quanto aos passes mensais, Pedro Duarte disse que foi decidido “congelar” o valor, que na generalidade dos casos é de 40 euros (passe metropolitano) ou 30 euros (municipal ou três zonas).

Esse valor vai se manter durante mais um ano, pelo menos. Isso é feito, evidentemente, com esforço da parte dos municípios, porque há um défice que surge, mas assumimos esse encargo enquanto municípios, para, de facto, podermos continuar a promover a utilização de transporte público também nesta área metropolitana”, defendeu o presidente metropolitano.

O autarca do Porto frisou que há uma política que “é social, associada aos transportes públicos, de apoiar quem é mais vulnerável e quem tem menos condições económicas”, mas também tem de haver “sustentabilidade” na “promoção de umas formas de mobilidade que sejam compatíveis com aquilo que é a realidade hoje em dia da generalidade dos grandes centros urbanos”.

“Temos de olhar para os transportes públicos como sendo um bem público quecbeneficia todos aqueles que utilizam o transporte público, mas acaba por beneficiar toda a sociedade do ponto de vista não só das externalidades ambientais, mas naturalmente aquilo que é o bem-estar, a qualidade de vida de todas as pessoas”, disse, quando questionado sobre as questões da sustentabilidade financeira dos serviços de transportes.

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