Von der Leyen reforça apoio à Ucrânia e pressiona por financiamento urgente
A presidente da Comissão Europeia pressiona Estados-membros para aprovar financiamento urgente de 90 mil milhões à Ucrânia antes de Conselho Europeu de 18 de dezembro.
A presidente da Comissão Europeia revela que esta tarde reuniu-se no Coalition of the Willing em que teve a oportunidade de comunicar ao presidente Volodymyr Zelenskyy “duas prioridades fundamentais” da União Europeia: apoio à Ucrânia e aumento da preparação de defesa europeia.
Este comunicado da presidente da Comissão Europeia surge numa altura em que se intensificam as negociações de paz lideradas pelos EUA e cresce a pressão sobre Kiev para aceitar um acordo que pode incluir concessões territoriais.
No centro das discussões está a proposta de Bruxelas para um empréstimo de reparações destinado a cobrir as necessidades de financiamento da Ucrânia em 2026 e 2027. O plano prevê mobilizar 90 mil milhões de euros, cerca de dois terços das necessidades totais do país.
Von der Leyen reiterou que “a defesa da Europa é nossa responsabilidade” e destacou os progressos no roteiro de prontidão militar, na mobilidade militar e nos programas pan-europeus.
“Garantir o apoio financeiro ajudará a assegurar a sobrevivência da Ucrânia, e é um ato crucial de defesa europeia”, afirmou von der Leyen em comunicado assim como na sua conta na rede social X, sublinhando que “quanto mais tempo Putin travar a sua guerra, derramar sangue, tirar vidas e destruir infraestruturas ucranianas, maiores serão os custos para a Rússia”.
A proposta baseia-se nos saldos de caixa produzidos pelos ativos russos imobilizados, que seriam utilizados para reparações. Mas enfrenta resistência da Bélgica, onde está sediada a Euroclear, que detém a maior parte dos 210 mil milhões de euros de ativos russos congelados na União Europeia.
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Von der Leyen reiterou que “a defesa da Europa é nossa responsabilidade” e destacou os progressos no roteiro de prontidão militar, na mobilidade militar e nos programas pan-europeus. Dos 19 planos SAFE submetidos pelos Estados-membros, 15 incluem a Ucrânia.
“Na integração das nossas bases industriais de defesa, estamos a construir uma dissuasão forte — para hoje e para amanhã”, disse a presidente da Comissão, referindo-se à estratégia de transformar a Ucrânia num “porco-espinho de aço”.
Ainda esta segunda-feira, sete países da União Europeia – Estónia, Finlândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia e Suécia – enviaram uma carta a António Costa e von der Leyen a pedir urgência na aprovação do empréstimo. O Conselho Europeu de 18 de dezembro será determinante para a decisão final sobre o financiamento.
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