Dívida pública baixa 1,4 mil milhões em julho após recorde
A dívida pública caiu 1,4 mil milhões de euros em julho, depois de ter atingido um valor recorde no mês anterior. Foi a primeira queda registada este ano.
A dívida pública baixou 1,4 mil milhões de euros em julho, para um total de 279,2 mil milhões de euros, depois de ter atingido um valor recorde no mês anterior. Foi a primeira vez este ano que o endividamento público caiu, depois de seis meses a subir.
De acordo com o Banco de Portugal, esta descida deveu-se essencialmente às amortizações de títulos de dívida de 1,9 mil milhões de euros, sobretudo de curto prazo.
Dívida pública cai após recorde em junho
Fonte: Banco de Portugal
Portugal fechou o ano passado com uma dívida pública de 269,3 mil milhões de euros e foi subindo, mês após mês, na primeira metade do ano, que costuma ser mais preenchido com operações de financiamento da parte do IGCP. Adicionalmente, como aconteceu em maio, o país já começou a receber os empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência, que também engorda a dívida pública. Junho fixou assim um novo máximo histórico de 280,6 mil milhões de euros, caindo no mês seguinte.
Os dados do Banco de Portugal indicam ainda que os depósitos das administrações públicas diminuíram três mil milhões de euros em julho. Pelo que, “deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 1,6 mil milhões para 254,1 mil milhões de euros”.
Olhando para o rácio da dívida pública em relação ao PIB, Portugal tem registado uma evolução positiva este ano. Chegou ao final do segundo trimestre com um rácio de 126,7% do PIB, estando a reduzir-se desde o final do primeiro trimestre do ano passado, à boleia do bom desempenho da economia neste período.
O dia 1 de setembro fica marcado pelo início de funções do novo presidente do IGCP, Miguel Martín, num contexto marcado pela alta inflação e pela subida dos juros. O IGCP tem por missão fazer a gestão da dívida pública.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que o Governo tem como objetivo “tirar Portugal do grupo de países com maior dívida pública” e aponta para uma redução do rácio para perto de 100% até 2026.
(Notícia atualizada às 11h41)
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