Costa afirma que seria irresponsável o país “gastar agora tudo” sem acautelar o futuro
O secretário-geral do PS defendeu a necessidade de Portugal constituir um fundo para investimentos posteriores a 2026 com base nos seus excedentes orçamentais.
O secretário-geral do PS defendeu a necessidade de Portugal constituir um fundo para investimentos posteriores a 2026 com base nos seus excedentes orçamentais e advertiu que seria irresponsabilidade o país gastar agora tudo o que tem.
Esta posição foi transmitida por António Costa no discurso que proferiu na abertura da reunião da Comissão Nacional do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), durante o qual se pronunciou sobre os principais objetivos da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024, cujo debate na generalidade se inicia na segunda-feira na Assembleia da República.
“Todos temos consciência de que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) teve uma natureza extraordinária, justificado por circunstâncias excecionais relacionadas com a pandemia da covid-19 e que não é garantido que voltemos a ter no próximo ciclo de fundos comunitários um reforço extraordinário desses recursos. Não há só mais vida para além do Orçamento, há também mais vida para além de 2026”, declarou.
Com o ministro das Finanças, Fernando Medina, a ouvir a sua intervenção, António Costa considerou essencial “garantir que o país continua a ter capacidade para investir para além de 2026” e, por esse efeito, se criou um fundo em que “se aloca parte do saldo orçamental de 2023”.
“Sim, podíamos gastar tudo agora, mas seria irresponsável em relação ao futuro, porque o país vai precisar de manter uma forte trajetória de investimento público. E como não conhecemos o dia de amanhã precisamos de criar já hoje reservas para que no dia de amanhã seja possível prosseguir o reforço do investimento público”, argumentou.
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