Há um ano foram ao Web Summit. O que é feito destas startups?
Em 2016, andámos pelo Web Summit a conversar com os empreendedores portugueses que por lá estavam. Agora, voltamos a seguir-lhes o rasto para apurar que efeito teve a feira nas suas startups.
Há um ano, a maior feira de tecnologia do mundo aconteceu, pela primeira vez, em Lisboa, trazendo, na bagagem, promessas de investimento e oportunidades de negócio. Ouvimos, na ocasião, as expectativas de seis startups portuguesas. O que é feito delas? Com a segunda edição lisboeta do Web Summit já a decorrer — de 6 a 9 de novembro — fomos descobrir se concretizaram as metas que tinham para o evento, se voltam e o que esperam desta vez.
Doinn
Volta? Sim, é um reencontro
A viver na Bélgica, a líder executiva da Doinn regressa, estes dias, a Lisboa para a nona edição do Web Summit, o que, adianta ao ECO, será um “reencontro com os parceiros portugueses” e uma boa oportunidade para forjar novas alianças.
“[Esta feira] traz-nos um bocadinho do futuro e ajuda na visão estratégica”, sublinha Noelia Novella. Em 2016, a empreendedora tinha marcado presença no evento fundado por Paddy Cosgrave para aumentar a equipa da sua startup e acabou por conquistar três novos colaboradores. Desta vez, regressa com a intenção de adquirir novos parceiros.
A Doinn é uma ponte tecnológica entre fornecedores de serviços e proprietários de alojamento local.
Abypay
Volta? Sim, como convidados de Paddy
Com um olho nos investidores e todo ouvidos para os oradores. É assim que Sebastião de Lancastre vive o seu regresso ao Web Summit.
Em 2016, o empreendedor explorara a feira de Cosgrave à procura de investidores para a Abypay (solução financeira à base de blockchain — a tecnologia das bitcoins — que permite fazer transferências ou pagamentos em tempo real, com baixos custos e em 35 moedas diferentes). “Aconteceu um match interessante, que acabou por não se concretizar, o fit não era o correto”, explica ao ECO Sebastião de Lancastre. Este ano, o consultor da EasyPay (a empresa por detrás da AbyPay) vai como convidado do próprio fundador do evento e pretende aproveitar para ouvir como outros negócios estão a mudar o mundo.
Porto i/o
Volta? Sim, para ajudar o Porto
Promover o Porto como destino para negócios, startups e empresas de tecnologia em geral. É esse o objetivo da Porto i/o ao marcar presença no Web Summit deste ano. Em 2017, renovam as suas metas e expectativas, desejando encontrar novas formas de ajudar a cidade.
Há um ano, a Porto i/o oferecia dois espaços de coworking. Hoje, já são quatros os seus escritórios partilhados (contam com mais dois espaços, em Braga e em Matosinhos). “Continuamos a ajudar estrangeiros a criar o seu palco tecnológico”, realçou Nuno Veloso, um dos fundadores da Porto i/o, em conversa com o ECO. Nesta edição do Web Summit, a startup portuense está mais uma vez à procura de bons contactos.
City Guru
Volta? Não, há mais peixes no mar
Acenam ao Web Summit enquanto piscam o olho às outras feiras internacionais. “Já atingimos uma estrutura que não justifica a participação”, explica ao ECO João Almeida, líder executivo da City Guru. O Web Summit trouxe à plataforma que sugere percursos alternativos por Lisboa contactos e referências. Destas, apenas 10% tiveram algum tipo de conclusão nas áreas de negócio e investimento.
ScaleUp Porto
Volta? Sim, para caçar talentos
Contactos, contactos, contactos. É esta a chave mágica para o sucesso da promoção da comunidade empreendedora do Porto, segundo avança Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto e responsável pelo pelouro da Inovação e Ambiente ao ECO. A ScaleUp Porto, uma iniciativa do município, da Universidade e do Politécnico do Porto, quer assim aproveitar esta edição do Web Summit para “captar novos talentos para a região”.
No último ano, cresceu a ambição, diz o responsável. A missão continua, contudo, a mesma: “comunicar com o ecossistema” e criar uma rede de referências. A demanda começou em 2016 e continua de vento e popa.
Storyo
Volta? Sim, pelo know-how
Na mira da Storyo estão, na edição deste ano do Web Summit, os potenciais parceiros que possam levar a mais pessoas e a mais empresas a aplicação que transforma fotos e dados em vídeos. O que procuravam há um ano? “O principal foco da nossa participação no ano passado foram as parcerias e fazer um pré-teste da nova versão que iríamos lançar meses depois“, confessou ao ECO João Santos, líder de marketing da startup.
Em 2016, na maior feira de tecnologia do mundo, a Storyo conquistou novas perspetivas, “pessoas interessantes” e com muito know-how na área, e conhecimento. Entretanto, a startup já chegou a 192 países (no ano passado, contava apenas com presença em 40) e foi selecionada como uma das top dez empresas de ponta pelo SXSM, festival que decorre em Austin, nos Estados Unidos.
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