Facebook pisca o olho a novos serviços e puxa por Wall Street
Apesar da escalada da tensões comerciais entre os EUA e a China, os investidores estiveram animados, nesta sessão, à boleia dos bons resultados empresariais e das novidades trazidas pelo Facebook.
A notícia de que o Facebook está a preparar novos serviços financeiros animou os investidores, esta segunda-feira. Na primeira sessão da semana, a praça bolsista norte-americana fechou, por isso, em alta, com o Nasdaq a valorizar quase 0,6%. Apesar de terem encerrado em terreno positivo, os principais índices norte-americanos registaram apenas ganhos modestos, o que se ficou a dever à escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
No fecho da sessão, o índice de referência, o S&P 500, subiu 0,35% para 2.850,40 pontos. O industrial Dow Jones seguiu a batuta, tendo valorizado 0,16% para 25.502,18 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq registou ganhos ligeiramente mais expressivos, tendo sido sobretudo puxado pela gigante de Mark Zuckerberg: avançou 0,58% para 7.438,45 pontos.
Esta segunda-feira, as ações do Facebook valorizaram 4,49% para 185,69 dólares, depois de o Wall Street Journal ter avançado que a rede social está a preparar novos serviços financeiros. De acordo com o jornal, a empresa quer dar aos seus utilizadores a possibilidade de consultarem os seus extratos bancários diretamente na plataforma de mensagens da rede social, bem como de fazerem transações nesse mesmo ambiente. Para tal, o Facebook já pediu informações a vários bancos norte-americanos, nomeadamente ao JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup.
Segundo o Wall Street Journal, a empresa fez ainda questão de notar que, a concretizarem-se estes novos serviços, os dados recolhidos com estas funcionalidades não serão usados para fins publicitários. Essa, pressupõe-se, será uma das principais preocupações dos internautas, depois do escândalo gerado em torno do uso abusivo de dados pessoais de milhões de utilizadores desta rede social pela empresa de marketing Cambridge Analytica.
Fora da tecnologia, destaque ainda para os títulos da PepsiCo, que subiram 0,928% para 117,38 dólares, no dia em que foi anunciada a saída de Indra Nooyi do cargo de presidente executiva. Mais de uma década depois de ter assumido esta posição, Nooyi vai ser substituída por Ramon Laguarta.
Nesta sessão, a pesar sobre Wall Street esteve, por outro lado, a escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. “Há meses que os investidores têm tentado adivinhar o que se segue, mas não há precedentes. Tal é inquietante para os mercados”, sublinha o analista Craig Callahan, presidente da ICON, citado pela Reuters.
Depois de, no fim de semana, Donald Trump ter defendido que os Estados Unidos estão a ganhar a guerra comercial, Pequim respondeu, esta segunda-feira. Os sínicos dizem que estão preparados para enfrentar as consequências destes confrontos e acusam os norte-americanos de tentarem fazer da China um vassalo económico dos EUA.
Recorde-se que, sexta-feira, a China ameaçou taxar mais de cinco mil produtos norte-americanos (tal como café, mel e químicos industriais), num total de quase 60 mil milhões de dólares. Esta foi a resposta dos sínicos à eventual imposição dos EUA de novas taxas de 25% aos seus produtos, o que poderia totalizar um impacto de 200 mil milhões de dólares.
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