“Contesto esta moção de censura com toda a minha força”, reage Theresa May. Em pleno Brexit, Governo britânico pode cair esta noite
A primeira-ministra britânica disse que vai contestar a moção de censura com toda a força que tem. Votação poderá fazer cair Theresa May esta noite.
A primeira-ministra britânica já reagiu à informação de que vai ter de enfrentar uma moção de censura interposta pelo seu próprio partido, que poderá fazer cair o Governo ao final do dia desta quarta-feira. Num pesado discurso em frente à residência oficial, Theresa May disse que vai “contestar a moção de censura” com toda a força que tem.
O líder do grupo parlamentar, Graham Brady, anunciou que recebeu pelo menos 48 cartas de deputados do Partido Conservador a pedirem a moção de censura a Theresa May, desencadeando uma votação que irá decorrer entre as 18h00 e as 20h00. Se a moção for chumbada, a liderança de May sai reforçada. Mas, se for aprovada, o Governo cai automaticamente.
A líder do Governo britânico recordou que reuniu esta terça-feira com vários líderes europeus, incluindo com o presidente da Comissão Europeia, e que tinha viagem marcada para Dublin para continuar as discussões do Brexit. “Agora, vou ter de ficar em Londres a enfrentar uma moção de censura”, criticou.
"Mantenho-me firmemente empenhada em concluir a tarefa que me foi confiada.”
Theresa May alertou também que, se a moção for aprovada, o Reino Unido nunca poderá ter um novo Governo antes de 21 de janeiro, o que faz com que sobrem duas hipóteses: o Brexit ser adiado, ou ser completamente travado. De qualquer das formas, lembrou que “uma mudança na liderança [do Governo] não vai mudar o acordo” do Brexit que já foi fechado pelo Governo com a União Europeia, e que já foi votado e aprovado pelos 27 Estados-membros do bloco.
Apesar do imbróglio, a líder do Governo mostrou-se totalmente empenhada em “levar a cabo o resultado do referendo de 2016”, e avisou os membros do próprio partido de que a aprovação da moção de censura irá entregar à oposição todo o poder numa altura crítica para o futuro do país.
“Mantenho-me firmemente empenhada em concluir a tarefa que me foi confiada”, concluiu Theresa May, num discurso que já era histórico antes mesmo de ter sido proferido.
Jeremy Corbyn, líder da oposição e a cara do Partido Trabalhista, é apontado como um dos favoritos a suceder a Theresa May, caso a atual primeira-ministra seja forçada a abandonar o cargo.
(Notícia atualizada pela última vez às 9h22)
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