Progressos nas negociações comerciais animam Wall Street

As bolsas norte-americanas estão em alta, perante progressos concretos em áreas sensíveis no dossiê comercial dos EUA e da China. Donald Trump admite vir a assinar um novo acordo com Xi Jinping.

Wall Street está em alta perante sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China. Donald Trump anunciou que vai adiar a subida de tarifas sobre as importações chinesas e disse que, se o progresso nas conversações se mantiver, deverá em breve reunir com Xi Jinping para assinar um novo acordo comercial. É o maior sinal de otimismo dado aos investidores nas últimas semanas, catapultando as esperanças de que os dois países estarão prestes a chegar a um entendimento.

Neste contexto, o índice de referência S&P 500 sobe 0,54%, para 2.807,82 pontos. O industrial Dow Jones avança 0,63% para 26.199,76 pontos, suportado nos ganhos em torno de 1% da Boeing e de 1,89% da Caterpillar, mais sensíveis ao assunto das tarifas aduaneiras. Já o tecnológico Nasdaq soma 0,84%, para 7.590,35 pontos, à boleia da valorização de empresas norte-americanas com grande exposição ao mercado chinês.

É o caso da Apple. A fabricante do iPhone valoriza mais de 1%, para cerca de 174,77 dólares por ação, recuperando das perdas que tem registado devido às tensões comerciais entre EUA e China, que ajudou à queda expressiva de vendas do smartphone no mercado chinês registada no ano passado. Também as fabricantes de processadores estão em destaque: a AMD ganha 4% e a Intel sobe 1,11%.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou este domingo a decisão de adiar a imposição de novas subidas nas taxas sobre as importações de uma série de produtos fabricados na China. A medida que representaria mais um passo na escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. No entanto, os dois países têm-se desdobrado em reuniões de alto nível em Washington e Pequim, com vista a formalizar um novo acordo.

Trump admitiu ainda que as negociações têm sido “produtivas”, referindo progressos em áreas críticas como a da proteção da propriedade intelectual, tecnologia, agricultura, entre outras. A notícia representou um alívio para os investidores, que aguardam há semanas novidades acerca do dossiê.

“Tem tudo a ver com a extensão do prazo para as tarifas. Faz-nos ganhar tempo e isso é positivo”, disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James na Florida (EUA), em declarações à Reuters. “Pode demorar mais algumas semanas, mas espero que seja feito um acordo de qualquer tipo”, reconheceu o profissional.

As tensões comerciais têm sido um fator condicionante nas negociações no mercado de capitais e o problema é visto como uma das maiores ameaças atuais ao crescimento económico global. Mas os últimos dias têm sido de otimismo. A par com as expectativas de uma travagem na subida dos juros por parte da Fed, os dois fatores têm sido determinantes no recente rally das bolsas norte-americanas.

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