Telemóvel dobrável da Samsung deixa de funcionar ao fim de dois dias

Os primeiros jornalistas a receberem o telemóvel dobrável da Samsung revelam que o ecrã deixa de funcionar corretamente ao fim de dois dias.

Os primeiros jornalistas a receberem o novo telemóvel dobrável da Samsung para testes revelaram que o aparelho deixa de funcionar corretamente ao fim de dois dias de utilização. Imagens publicadas pela imprensa internacional mostram que um dos lados do ecrã deixa de mostrar imagem ou fica a piscar indefinidamente.

“O ecrã do meu Galaxy Fold de testes está completamente estragado e inutilizado ao fim de dois dias. É difícil saber se o problema é geral ou não”, escreveu Mark Gurman, jornalista da Bloomberg, conhecido por avançar detalhes sobre os novos iPhones das apresentações oficiais.

Também Todd Haselton, da CNBC, revelou esta quarta-feira, em direto, que o aparelho ficou estragado em dois dias de utilização. “A unidade para testes cedida à CNBC pela Samsung também está completamente inutilizada ao fim de apenas dois dias“, escreveu o jornalista especializado em tecnologia.

Dieter Bohn, jornalista do portal The Verge, também publicou um artigo onde admite que o telemóvel deixou de funcionar ao fim de dois dias. Bohn reparou ainda numa pequena saliência que faz distorcer a forma do ecrã, o que poderá ser a origem do problema.

Numa primeira reação, a Samsung indicou aos jornalistas que a causa da avaria foi terem removido a película de origem, que vem com o aparelho. “A Samsung disse que não é suposto tirarmos a película. Eu tirei-a, sem saber que não era suposto (e os consumidores não iriam saber também). Parecia ser removível a partir do canto esquerdo”, acrescentou Mark Gurman, num segundo tweet acerca do problema.

“Um número limitado de primeiros exemplares do Galaxy Fold foram fornecidos aos media para testes. […] Alguns jornalistas revelaram ter removido a película superior, o que danificou o ecrã. O ecrã principal do Galaxy Fold tem uma película protetora, que é parte da estrutura e que foi desenhada para proteger o ecrã de riscos. Remover esta película pode resultar em danos. Vamos assegurar que esta informação é dada claramente aos consumidores”, disse fonte oficial da Samsung, citada pela Quartz.

Contudo, o jornalista da CNBC, Todd Haselton, garante que não retirou a película protetora e que o telemóvel também deixou de funcionar ao fim de dois dias.

O Galaxy Fold deverá chegar às lojas nos EUA a 26 de abril, com preços a começarem nos 2.000 dólares. É a nova aposta da empresa, que foi recebida com surpresa pelo mercado. Mas não foi a única: já outras tecnológicas anunciaram planos para desenvolver um telemóvel deste género, com destaque para a Huawei, que já lançou uma alternativa ao modelo da Samsung.

O problema é particularmente sensível para a Samsung. A empresa esteve envolvida num escândalo no início de 2016 devido às baterias do Note 7, que se incendiavam. Na altura, o aparelho chegou mesmo a ser impedido de entrar em aviões civis. As ações da Samsung derraparam 3% na bolsa sul-coreana esta quinta-feira.

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