Assembleia-geral da CGD aprova entrega de 200 milhões de euros em dividendos ao Estado
A assembleia-geral da Caixa Geral de Depósitos aprovou a entrega de 200 milhões de euros em dividendos ao Estado. É a primeira vez que o banco paga dividendos desde 2010.
A assembleia-geral da Caixa Geral de Depósitos (CGD) aprovou esta sexta-feira a entrega de 200 milhões de euros em dividendos ao Estado, sendo a primeira vez que o banco paga dividendos desde 2010.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CGD informa que na assembleia-geral realizada esta sexta-feira foi aprovada a proposta do Conselho de Administração de aplicação do resultado do exercício de 2018 que destina 200 milhões de euros para dividendos a entregar ao Estado, o acionista único. Foi também aprovada a canalização de 67,56 milhões de euros para a reserva legal e 70,24 milhões de euros para outras reservas e resultados transitados.
No comunicado, a CGD indica ainda que a assembleia-geral aprovou também o Relatório de Gestão e Contas de 2018, incluindo o Relatório do Conselho de Administração, as Demonstrações Financeiras separadas e consolidadas e respetivos anexos, o Relatório de Governo Societário e o Relatório de Sustentabilidade.
Foi no final de abril que a CGD informou o mercado que tinha reservado 200 milhões de euros para dividendos — os primeiros desde 2010 — a entregar ao Estado, tendo já obtido “a respetiva aprovação por parte das entidades de supervisão competentes”.
A informação constava do Relatório de Gestão e Contas da CGD referente a 2018, ano em que o banco teve lucros de 496 milhões de euros, que foi divulgado no site da CMVM. O resultado de 496 milhões de euros em 2018 correspondeu ao segundo ano consecutivo de lucros da CGD, ficando bem acima dos 51,9 milhões de euros registados em 2017, e seguindo-se aos prejuízos acumulados acima de 3.800 milhões de euros entre 2011 e 2016.
Depois, a 2 de maio, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre deste ano (126 milhões de euros de lucro), Paulo Macedo considerou que a distribuição de dividendos ao Estado “é um dos fatores” da “normalização da atividade do banco”. E Paulo Macedo referiu também, a 8 de maio, que quer que os dividendos que o banco público irá pagar este ano ao Estado sejam os primeiros de “uma longa série”.
“Terá de ser o nosso empenho [pagar dividendos], [o objetivo] é ser uma longa série e sobretudo pôr os portugueses mais exigentes com o retorno” do investimento do Estado na CGD, disse o presidente executivo do banco público, na Conferência CEO Banking Forum. Na mesma ocasião, Paulo Macedo frisou que, uma vez que a última recapitalização de quase 5.000 milhões de euros foi feita como se “de um investidor privado se tratasse”, o Estado terá de ser ressarcido.
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